Uma das donas da Escola Infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, ao ser presa por suspeita de maus-tratos e tortura contra crianças, disse que nem ela, nem sua irmã, Roberta Serme, maltratavam os alunos.
“Isso vai ser provado”, afirmou Fernanda Carolina Rossi Serme, já dentro da viatura, a repórteres que estavam no local.
A vice-diretora passou por audiência de custódia nesta terça-feira (26/4). Ao Metrópoles o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a audiência foi realizada em Mogi das Cruzes, município em que ela foi presa, e que o juízo não verificou ilegalidade no cumprimento do mandado de prisão preventiva.
Fernanda é vice-diretora e sócia da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica. Ela foi presa na segunda-feira (25/4), em uma casa. A irmã dela, a diretora e proprietária Roberta Regina Rossi Serme, continua foragida. Sua prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo há mais de um mês, em 21/3.
Denúncias
A Colmeia Mágica atendia de bebês a crianças de 5 anos, e é investigada, desde 10 de março, pelos crimes de tortura, maus-tratos, periclitação de vida – colocar a saúde das crianças em risco – e submissão delas a vexame ou constrangimento.
Gravações que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos, como se fossem camisas de força.
Defesa da escola
Em nota divulgada no último dia 16, Roberta e Fernanda Serme, diretora e vice-diretora da instituição, afirmaram que as denúncias de pais de alunos e professores são “incabíveis, inverídicas e aterrorizantes“. As representantes da entidade alegaram ainda que estavam sendo acusadas “cruel e injustamente”, sem comprovação confiável.
Após a prisão de Fernanda, a reportagem do Metrópoles procurou o advogado das irmãs, André Dias, mas não recebeu resposta.