sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Suspeita de matar vizinha após post se entrega à polícia

A comerciante Angélica da Cruz, de 27 anos, apontada como autora de um homicídio e dupla tentativa de homicídio em Santos, no litoral de São Paulo, se entregou à Polícia…

A comerciante Angélica da Cruz, de 27 anos, apontada como autora de um homicídio e dupla tentativa de homicídio em Santos, no litoral de São Paulo, se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira (16). Em depoimento, ela nega que tenha esfaqueado as vítimas e também afirma que se defendeu para se salvar.

O crime ocorreu no sábado (13), no bairro Monte Cabrão. Segundo a polícia, Angélica matou a facadas a vizinha e desafeta Érica Oliveira da Silva, de 24 anos, e feriu as duas irmãs da vítima fatal, Débora, de 22 anos, e Danielle, de 29. Testemunhas afirmam que parentes da autora também estariam envolvidos. A motivação, além de ambas estarem brigadas, supostamente ocorreu por conta de uma vaga de emprego. A vítima chegou a postar em uma rede social um “meme” provocativo um dia antes do assassinato.

Acompanhada de um advogado, Angélica se apresentou no 1º Distrito Policial de Santos, após a Justiça decretar a prisão temporária dela, na segunda-feira (15). Ela prestou depoimento e, em seguida, foi encaminhada à Cadeia Pública Feminina anexa ao 2º Distrito Policial de São Vicente, também no litoral paulista.

“Ela alegou legítima defesa, mas disse que não se lembra de ter esfaqueado as irmãs. Ela também não acusa ninguém de tê-lo feito. A Angélica fala, sim, que pegou uma faca para se defender, mas que não feriu ninguém”, explicou o delegado Marcos Alexandre Alfino, responsável pelas investigações do caso.

“A Angélica e a Érica eram brigadas, mas ela nega que almejava o emprego da vizinha. Ela confirma ter entregado o currículo no local, mas diz que não queria pegar a vaga da outra”, afirmou o delegado. Alfino vai solicitar que o gerente da empresa, um comércio de concreto, preste depoimento para falar sobre as circunstâncias da seleção.

Ainda em depoimento, Angélica negou que a família dela tenha participado do crime. “Eu ouvi o irmão dela, de 11 anos, que disse que se aproximou da confusão para puxá-la. E ele o fez com a mão. Nem o pai, nem a mãe dela são citados. Mas estamos apurando o que de fato aconteceu em relação a isso”, explicou.

O caso

Segundo a polícia, por volta das 20h de sábado, Érica e mais três irmãs voltavam para casa quando Angélica, que trabalhava em uma barraca de bananas, as viu na rua e começou a provocar a vítima. “Elas começaram um bate-boca e o pai, o irmão e o marido da agressora saíram para ajudar”, contou Rafaela Oliveira da Silva, uma das irmãs da vítima, a única das quatro que não se feriu na confusão.

Segundo ela, durante a discussão, o pai de Angélica segurou Érica para que ela ficasse imóvel enquanto a filha esfaqueava a vítima. A faca foi entregue à suspeita pelo próprio marido que, segundo testemunhas, também teve participação no crime.

Érica deu entrada no Pronto Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária de Guarujá já sem vida. Débora e Danielle também foram levadas para a mesma unidade de saúde e em razão da gravidade do caso foram transferidas na mesma noite para o Hospital Santo Amaro.

Segundo a polícia, logo após a briga, Angélica fugiu do local e não foi mais vista, até esta terça-feira. Os familiares da suspeita foram até a Delegacia Sede de Santos prestar depoimento sobre o caso e, em seguida, foram liberados.

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