O Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) oficializou hoje (1º) apoio à proposta de inclusão de cinco novos esportes a partir dos Jogos de Tóquio 2020.
Karatê, skate, surfe, escalada e beisebol/softbol podem ser as novidades daqui a quatro anos. A decisão final será tomada na 129ª sessão do COI, em agosto, no Rio de Janeiro.
Se aprovada, a mudança será a maior evolução do programa olímpico na história moderna. “Os cinco esportes oferecem um foco chave na juventude, que é o coração da visão do Jogos para Tóquio 2020. Eles representam uma combinação de esportes emergentes e bem estabelecidos com significante popularidade no Japão e além. […] Incluem esportes individuais e coletivos, cobertos e ao ar livre; e esportes urbanos, com um forte apelo aos jovens”, disse o COI, em seu site oficial.
A Federação Mundial de Karatê também se manifestou, dizendo estar alegre com a decisão, e a Associação Internacional de Surfe (AIS) usou um tom semelhante. “A AIS expressou hoje sua alegria com a decisão do Comitê Executivo do COI de apoiar a inclusão do surfe no programa esportivo dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020”.
O presidente da AIS, Fernando Aguerre, falou, no site oficial da entidade, sobre a importância da inclusão do surfe no programa olímpico do COI. “Este é um momento maravilhoso para nosso esporte. Nossa relação com o COI e a inclusão nos Jogos Olímpicos têm sido uma prioridade estratégica para a AIS por muitos anos”.
O presidente da Federação Internacional de Skate, Gary Ream, também comemorou a notícia. “O anúncio de hoje é um marco importante na curta história olímpica do skate, que começou com uma primeira experiência olímpica nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing, no verão de 2014. Esta decisão reconhece o crescimento e a popularidade do skate”, declarou no site oficial da entidade.
O vice-presidente da Confederação Brasileira de Skate, Edson Scander, explicou que as entidades responsáveis pelos cinco esportes já vêm discutindo há mais de dez anos com o COI sobre a inclusão das modalidades nas Olimpíadas. Ele disse ainda que o skate já é muito popular no país, sobretudo nos grandes centros, e que o skatista já é visto de forma diferente em comparação há uma década.
“Quando eu comecei a andar de skate, há 13 anos, o skatista era um extraterrestre, achavam que era coisa de vagabundo. Agora, com a massificação, o skate está sendo aceito, as pessoas estão vendo como algo sério, que precisa de dedicação e tem muita gente que sobrevive disso”.
Caso a reunião de agosto confirme o skate como esporte olímpico, Scander lembrou ainda que, durante as conversas com o COI, o pedido é que a disputa olímpica de skate seja no mesmo formato que já acontece em competições da modalidade pelo mundo. “Que tenha os mesmos juízes, as mesmas pistas e que as provas sejam dirigidas por skatistas, como sempre foi”.