sábado, 28 de dezembro de 2024
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Suposto pedófilo recusa proposta de delação premiada de CPI

O borracheiro José Barra Nova de Melo, acusado de ter abusado de pelo menos 14 crianças em Catanduva, não aceitou nesta terça-feira a proposta de delação premiada oferecida pelo senador…

O borracheiro José Barra Nova de Melo, acusado de ter abusado de pelo menos 14 crianças em Catanduva, não aceitou nesta terça-feira a proposta de delação premiada oferecida pelo senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia no Senado. Malta conversou durante uma hora e meia com Melo, que está preso no Centro de Detenção Provisoria (CDP) de São José do Rio Preto.

O borracheiro é acusado de integrar uma suposta rede de pedofilia que teria praticado abusos sexuais contra pelo menos 24 crianças de 5 a 14 anos nos bairros Jardim Alpino e Cidade Jardim, na periferia de Catanduva. A CPI pretende oferecer o benefício da delação com objetivo de obter de Melo provas contra outras pessoas acusadas de molestar as crianças.

Na conversa com Malta, o borracheiro negou a oferta de delação e ainda afirmou que é inocente em todas as acusações de pedofilia. “Ele negou tudo, mas senti que ele está com medo, e dei prazo de uma semana para ele pensar melhor porque, de qualquer forma, todos seus comparsas serão presos”, disse Malta em entrevista coletiva no aeroporto de São José do Rio Preto, antes de embarcar para Brasília.

O senador também disse suspeitar de que o borracheiro esteja sofrendo pressões de comparsas para não delatá-los e questionou o fato de Melo, mesmo não tendo recursos financeiros, pagar um advogado particular para defendê-lo. “A não ser que um advogado esteja fazendo isso por compaixão”, disse.

Apesar da negativa, Malta espera que o borracheiro mude de idéia até quarta-feira, quando a CPI se instalará em Catanduva. “Ele sabe que se não aceitar vai ter pena alta e que seus comparsas serão condenados de qualquer jeito, sejam ricos ou pobres”.

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