Autoridades da Suíça confiscaram cerca de US$ 40 milhões de fundos congelados em contas bancárias do país, em meio a investigações de corrupção no futebol, e estão devolvendo a quantia à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), disseram procuradores federais nesta quarta-feira (14).
A Procuradoria-Geral da Suíça havia iniciado vários processos criminais ligados a dirigentes do futebol sul-americano, incluindo Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol, e Eduardo Deluca, um ex-secretário-geral da entidade. Ambos são suspeitos de terem abusado de seus cargos para se enriquecer ilegalmente, e talvez outros crimes, disse a procuradoria.
“Os fundos perdidos entre dezembro de 2019 e setembro de 2020 chegaram a cerca de 36,6 milhões de francos suíços (US$ 40,1 milhões) e foram adquiridos ilegalmente às custas da Conmebol”, disse a procuradoria em um comunicado. “Como a parte que sofreu o dano nos processos criminais respectivos é conhecida sem dúvida – a Conmebol – , os fundos perdidos serão devolvidos diretamente a ela.”
Os processos criminais suíços contra Leoz foram descartados após sua morte, em agosto de 2019, mas Deluca foi condenado devido à má administração agravada por ordem de cumplicidade de penalidade sumária em diversas instâncias.
No mês passado, a procuradoria também descartou processos criminais contra Deluca, porque a Argentina está realizando uma investigação sobre o mesmo assunto, disse o gabinete.