A Suécia bateu a Alemanha por 2 a 1, de virada, neste sábado, e garantiu a última vaga nas semifinais do Mundial de Futebol Feminino, que está sendo disputado na França.
O jogo disputado em Rennes marcou a quinta qualificação das suecas para esta fase na história do torneio. De quebra, ainda representa uma vingança para as suecas, que, há três anos, no Rio de Janeiro, perderam a final olímpica para as alemãs e agora deixam as rivais de fora do torneio nos Jogos de Tóquio-2020.
Até então sem sofrer um gol sequer na competição, as alemãs entraram em campo como favoritas, mas acabaram sucumbindo ao oportunismo das escandinavas e ao calor do noroeste francês, dizendo adeus ao sonho do terceiro título mundial. As suecas, por sua vez, juntam-se a Estados Unidos, Inglaterra e Holanda. Esta por sinal, bateu a Itália neste sábado por 2 a 0, em Valenciennes, e será a adversária da Suécia em Lyon, na quarta-feira, às 16 horas (de Brasília).
Na partida deste sábado, a campeã mundial de 2003 e 2007 começou tomando a iniciativa. Disposta a resolver o jogo logo na primeira etapa, as alemãs realizaram uma pressão muito forte para cima das adversárias e conseguiram abrir o placar logo aos 15 minutos. Após roubada de bola na intermediária rival, Dabritz encontrou Lina Magull entrando livre na área. A camisa 20 recebeu no meio do miolo de zaga sueco e girou bonito para bater no canto: 1 a 0.
Seis minutos depois, a Suécia mostrou não se intimidar com o domínio rival e empatou, aproveitando uma ligação direta da defesa para o ataque que encontrou a atacante Sofia Jakobsson posicionada de frente para o gol. Ela bateu na saída da goleira Schult e deixou tudo igual no marcador.
Mesmo com a igualdade cedida, a Alemanha continuou pressionando, porém sem competência na hora de definir para o gol. Nos 15 minutos finais, aparentemente sentindo o esforço e o forte calor de 32ºC em Rennes, as campeãs olímpicas desceram para o intervalo com fortes indícios de cansaço físico.
E, para piorar a situação das alemãs, logo após a volta dos vestiários a Suécia virou o jogo, aos dois minutos. A atacante Stina Blackstenius aproveitou rebote de Schult em cabeçada de Fridolina Rolfo e deixou sua equipe à frente no placar, sacramentando a primeira virada da fase de mata-mata do torneio.
Depois do gol, a Alemanha ainda pôs em campo Dzsenifer Marozsán, que atua no Lyon e disputou com a brasileira Marta o prêmio de melhor jogadora do mundo em 2018. A atacante sofreu uma lesão no dedo no início do Mundial e voltou a campo para buscar o gol que levaria a partida para a prorrogação até o fim. Porém, mesmo com amplo domínio em termos de chances perdidas, as alemãs não conseguiram o empate, permitindo que a seleção da Escandinávia continue sonhando com seu primeiro título mundial.
Com um sabor de vingança, a eliminação também deixa as alemãs de fora das disputas em Tóquio-2020. Isto porque apenas as três primeiras colocadas do continente europeu no Mundial – as outras duas ja são Inglaterra e Holanda – têm vaga assegurada no torneio olímpico. No Rio de Janeiro, em 2016, a Alemanha vencera a própria Suécia na final pelo mesmo placar (2 a 1).