A partida entre Palmeiras e Botafogo, disputada no dia 25 de maio, não será impugnada. Na tarde desta terça-feira (18), o STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) definiu manter o resultado da partida em 1 a 0 para os paulistas. Desta forma, o líder Alviverde vai aos 25 pontos, ampliando para cinco a sua vantagem em relação ao Santos.
Em julgamento que contou até com áudios do VAR, o STJD decidiu por 9 a 0 em não acatar o pedido de impugnação do Botafogo, que se viu prejudicado na partida válida pela sexta rodada. O time carioca alegou uso indevido do VAR (árbitro de vídeo) no lance de pênalti, que culminou no único gol do confronto.
Na sessão, o árbitro de campo da partida, Paulo Roberto Alves Junior, prestou depoimento e afirmou que “o jogo ficou parado por conta do cartão amarelo e da revisão do VAR”, reiterando que “a bola não tinha entrado em jogo.”
Questionado por Aibal Rouxinou, advogado do Botafogo, do porquê teria feito o movimento com o braço esquerdo, Paulo explicou que o sinal indicava tiro livre indireto, mas que não autorizou o reinício da partida.
Adriano Milczvski, árbitro de vídeo do jogo em questão, participou do julgamento através de vídeo conferência e seguiu a mesma linha do companheiro.
Já André Sica, jurista do Palmeiras, elogiou a utilização da tecnologia. “O vídeo mostra como é difícil operar o VAR. Há sucesso, afinal, são poucos os erros. O lance é revisto imediatamente. O árbitro levanta o braço de tiro livre indireto e não se ouve o apito. Essas são as provas.”
Logo após as considerações dos advogados de ambas equipes, votaram Otávio Noronha (vice-presidente do STJD), Ronaldo Piacente (vice-presidente administrativo), João Bosco Luz (auditor), José Perdiz (auditor), Mauro Marcelo de Lima e Silva (auditor), Arlete Mesquita (auditora), Antônio Vanderler (auditor) e Paulo César Salomão Filho (presidente do STJD). Todos foram favoráveis à manutenção do resultado da partida.