O inventor do popular formato de imagens animadas GIF, Stephen Wilhite, faleceu na última semana, aos 74 anos, após complicações decorrentes da Covid-19. Ele estava internado em uma unidade de tratamento intensivo e faleceu no último dia 14 de março.
As informações foram divulgadas na última quarta-feira (23) pela rede pública de rádio americana, a NPR.
O desenvolvedor criou o formato quando trabalhava para a empresa CompuServe, em 1987. GIF é um acrônimo de “Graphics Interchange Format” ou formato para intercâmbio de gráficos, em tradução livre.
O formato tinha o objetivo de permitir a transferência de fotos usando conexões discadas – que eram muito mais lentas na década de 80 e 90. Na época, a tecnologia tinha como diferencial permitir a troca de arquivos de imagens com cores.
De formato simples a fenômeno na rede
Em uma atualização do GIF, Wilhite permitiu que mais de um quadro fosse armazenado no mesmo arquivo. Em entrevista ao site Daily Dot, em 2012, o inventor contou que o primeiro GIF continha a imagem de um avião. “Acho que o primeiro GIF foi uma foto de um avião. Foi há muito tempo”, disse Wilhite.
A CompuServe foi um dos provedores de internet pioneiros nos EUA. Em 1997, a empresa foi comprada por uma das gigantes da era da internet, a AOL. A companhia permitiu que as patentes do tipo de arquivo expirassem, o que tornou o GIF domínio público.
Foi justamente nessa época que o recurso de animação fez com que os GIFs sobrevivessem, segundo seu próprio criador.
“O que fez o GIF ficar por aí é o loop de animação que a Netscape adicionou. Se a Netscape não tivesse adicionado o suporte aos GIFs em seu navegador, o GIF teria morrido em 1998.”
A atualização que criou as imagens animadas fez com que elas ficassem populares. Atualmente, são usadas como reação em conversas de aplicativos de mensagens, ajudam a divulgar memes e se tornaram parte essencial do cotidiano nas redes sociais.
Em 2013, Wilhite foi homenageado pelo Webby Awards por sua contribuição ao mundo da internet. Ele apresentou o GIF no seu discurso e resolveu uma das controvérsias da rede: como se pronuncia o formato do arquivo. Segundo seu criador é “jif”, com som de “J” e não de “G”.
A plataforma Giphy – que serve como acervo e ferramenta de criação de GIFs – publicou uma mensagem agradecendo ao desenvolvedor na quarta (23). “Obrigado por criar algo que foi e continuará sendo apreciado por milhões de pessoas ao redor do planeta”, diz o comunicado.