A fase vermelha da Operação SP Sem Fogo deste ano chega ao fim tendo realizado a maior operação aérea da história. Ao todo, o Governo de SP investiu R$ 18,8 milhões na contratação de aviões, helicópteros e compra de querosene para o combate aos focos de incêndio. Somente a Defesa Civil investiu 76% a mais na contratação de aeronaves quando comparado com o valor total investido nos últimos 9 anos. Inclusive, esta foi a primeira vez em que a Fundação Florestal e a Defesa Civil contrataram helicópteros para combater queimadas durante o período da estiagem.
A operação aérea coordenada pelo gabinete de crise da Operação SP Sem Fogo contou com o emprego das aeronaves contratadas pela Defesa Civil, Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Fundação Florestal e os helicópteros Águia do Comando de Aviação da Polícia Militar. Durante o período de atuação do gabinete, as aeronaves totalizaram 1.598 horas de voo e lançaram mais de 7,38 milhões de litros de água sobre os focos de incêndio.
Para a contratação de aviões e helicópteros, a Defesa Civil destinou cerca de R$ 7,9 milhões, enquanto a Fundação Florestal investiu R$ 4,8 milhões e, a Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, R$ 2,3 milhões. O Comando de Aviação da PM gastou cerca de R$ 3,8 milhões na compra de combustível e manutenção dos helicópteros Águia.
No dia 14 de setembro, quando os focos de incêndios atingiram as regiões centro-oeste, norte e Vale do Paraíba, foi desencadeada a maior operação aérea da história do estado de SP, com o uso de 20 aeronaves atuando ao mesmo tempo, em um esforço conjunto para o combate às queimadas.
Além do valor investido na contratação de aeronaves, o Governo de SP destinou outros R$ 10 milhões para ações emergenciais e repasse aos municípios para a contratação de caminhões pipa e obras de infraestrutura para o reestabelecimento do serviço de abastecimento de água à população.
A atuação da Operação SP Sem Fogo contou com o empenho de cerca de 15 mil pessoas, entre agentes da Defesa Civil, da Fundação Florestal, do Corpo de Bombeiros, brigadistas do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e da iniciativa privada, além de voluntários. Por terra, foram utilizados quase 2,5 mil veículos, entre viaturas, caminhões-pipa e veículos das empresas agrícolas, além de diversas ações preventivas que foram implementadas, incluindo vistorias em áreas vulneráveis a queimadas, construção de aceiros e campanhas de conscientização voltadas para a população.
“Este ano enfrentamos a pior estiagem da história do estado de São Paulo. O cenário exigiu uma enorme união do poder público e da iniciativa privada no enfrentamento às queimadas. A criação do gabinete de crise logo no início dos incêndios permitiu uma atuação sistêmica e integrada e isso foi crucial para controlarmos o fogo em São Paulo”, destacou o Coronel PM Henguel Ricardo Pereira, Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil.
Tecnologia e conscientização
Meses antes do período da estiagem a Operação SP Fogo iniciou uma campanha sobre a conscientização da prevenção às queimadas em São Paulo. Vídeos foram exibidos em salas de cinema, canais de tv e mídia outdoor. Já durante o período mais crítico das queimadas, a Defesa Civil distribuiu cerca de 500 mil panfletos nas regiões mais afetadas pelo fogo, como Ribeirão Preto, Franca, Presidente Prudente, Barretos e Vale do Paraíba.
A Defesa Civil utilizou o Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo (SMAC), que faz o acompanhamento dos focos ativos de todo o estado em tempo real, permitindo a atuação dos agentes de modo imediato, já que os satélites conseguem identificar o foco desde seu início.
Outra importante ferramenta foi o Mapa de Risco de incêndio, que utiliza algoritmos que cruzam dados como umidade do ar e do solo, temperatura, velocidade do vento e previsão meteorológica. Com isso, o software aponta as regiões do estado com maior risco para queimadas, escalonado em quatro níveis, que vai de baixo até nível de emergência.
Drones com câmeras termais foram essenciais no monitoramento dentro dos parques florestais e estações ecológicas. Os técnicos da Fundação Florestal empregaram a tecnologia para auxiliar os brigadistas, identificando os pontos de calor e direcionando o esforço nos pontos exatos do fogo.
SP Sem Fogo
A Operação SP Sem Fogo visa, entre outras ações, diminuir os riscos associados aos focos de incêndio no Estado, principalmente durante o período mais seco do ano, de junho a outubro na região Sudeste do país.
A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta também com ações e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).