A diretoria do São Paulo anunciou nesta sexta-feira uma multa e o afastamento do zagueiro equatoriano Robert Abordela, que foi flagrado, junto com o atacante David Neres, do Ajax, nesta madrugada pela Polícia Civil em uma festa clandestina na zona leste de São Paulo. Através de uma nota oficial em suas redes sociais, o clube tricolor lamentou o ocorrido.
“O São Paulo Futebol Clube lamenta o ocorrido com o jogador Robert Arboleda, nesta madrugada, na Zona Leste, da Capital. Diante de tal fato, o atleta ficará isolado nos próximos dias, sendo testado diariamente até termos a convicção de que não se infectou. O jogador será multado, e a punição administrativa convertida em cestas básicas doadas ao G10 Favelas”, informou.
Os dois jogadores estavam em uma balada clandestina, com mais de 100 pessoas, em um beco na Vila Regente Feijó, que foi alvo de uma ação de fiscalização das polícias de São Paulo e do Procon. Grande parte das pessoas flagradas no local estava sem máscara. Arboleda e David Neres foram conduzidos para a Delegacia de Crime Contra a Saúde Pública, prestaram depoimento e foram liberados. Na saída, não deram declarações sobre o assunto.
A operação foi comandada pelo delegado Eduardo Brotero e pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que é coordenador da Força Tarefa no Combate a Festas Clandestinas. Eles já sabiam tanto sobre a festa quanto da presença de David Neres e Arboleda, por conta de agentes infiltrados em grupos de WhatsApp e de eventos nas redes sociais.
“A gente encontrou aí dois jogadores de futebol. Arboleda, do São Paulo, e David Neres, da seleção brasileira que joga no Ajax Deveriam dar o exemplo”, declarou Frota.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra detalhes da operação. Nas imagens é possível ver as pessoas aglomeradas e consumindo bebidas alcoólicas. O dono da boate chegou a distribuir máscaras às pressas aos clientes ao perceber a fiscalização. Quinze deles, dos 124 que curtiam a balada ilegal, não conseguiram colocar a proteção. O estabelecimento pode ser multado em R$ 200 mil.
Em março deste ano, em operação de fiscalização em São Paulo, a polícia fechou um cassino com 200 pessoas, sendo que dentre elas estavam o atacante Gabriel, do Flamengo, e o funkeiro MC Gui. Na semana passada, a Justiça extinguiu o processo contra o jogador após ele pagar R$ 110 mil por ter descumprido o distanciamento social durante a quarentena em razão da pandemia do novo coronavírus.