A boa fase do São Paulo sob o comando de Diego Aguirre sofreu um duro golpe na noite desta quinta-feira.
Jogando no Morumbi, a equipe perdeu para o argentino Colón por 1 a 0, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana. Foi a primeira derrota do treinador uruguaio no estádio desde que assumiu o cargo, em março. “A gente nunca pegou uma equipe que veio tão fechada quanto o Colón”, lamentou-se o volante Hudson. “É uma diferença pequena, dá para reverter”, concluiu.
As equipes voltam a se enfrentar no dia 16, em Santa Fé, na Argentina, para decidir quem vai enfrentar os colombianos do Junior Barranquilla nas oitavas de final do torneio continental. Os argentinos levam, além da vantagem pela vitória, o gol fora de casa, que, diferentemente do que acontece na Copa do Brasil, vale como critério de desempate no torneio continental. Se os brasileiros ganharem por 1 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis. Qualquer outra vitória por um gol de diferença é favorável ao São Paulo.
O time dirigido por Diego Aguirre entra em ação novamente neste domingo, mais uma vez em seu estádio. Pelo Campeonato Brasileiro recebe o Vasco a partir das 16 horas. A equipe é vice-líder, a dois pontos do Flamengo (34 a 32).
O JOGO – Como prometera na véspera, o técnico são-paulino levou a campo um time sem três titulares, poupados. Nos lugares do goleiro Sidão, do zagueiro Arboleda e do volante Liziero, entraram Jean, Bruno Alves e Bruno Peres, respectivamente – o lateral-direito foi improvisado no meio-campo. A ideia era descansar os mais desgastados do elenco tendo em vista o duelo contra o Vasco.
Apesar das alterações, as principais características da equipe sob o comando do uruguaio foram mantidas: muita intensidade, seja na marcação quando não tinha a bola seja na chegada à área rival quando a retomava. O problema foi que, diante de um rival muito fechado, o São Paulo se viu obrigado a propor o jogo, o que foge daquilo que esse time tem feito de melhor, que é contra-atacar.
Como a bola batia na parede da defesa argentina e voltava nas tentativas de infiltrações por baixo, a solução foi buscar o alto. Foram 20 cruzamentos apenas no primeiro tempo, mas apenas três certos. O time também tentou chutar de longe, mas faltou capricho. E a melhor chance de gol acabou sendo do Colón, na única chegada, aos 44 minutos. Após escanteio batido por Alan Ruiz pela direita, Fritzler deu a “casquinha” para o meio da pequena área, e Godoy, completamente livre, chutou por cima.
Aguirre voltou com o mesmo time para a parte final do confronto. Em 15 minutos, o que também não mudou foi o panorama da partida: Colón na retranca e São Paulo insistindo no chuveirinho para quebrar a marcação. Como não deu certo, o técnico resolveu mexer ao trocar Bruno Peres pelo meia Shaylon. Instantes depois, a equipe teve sua melhor oportunidade para abrir o placar, quando Bruno Alves cabeceou no travessão de Burián.
Aos 23, nova substituição na equipe da casa: o atacante uruguaio Gonzalo Carneiro entrou no lugar de Reinaldo, levando Everton a atuar como lateral, mas com liberdade para atacar. Na prática, o São Paulo ficou com seis peças – Everton, Shaylon, Nenê, Rojas, Diego Souza e Carneiro – na frente.
Quando amassava o Colón, porém, veio o castigo, aos 34. Fritzler acertou um lindo chute de fora da área, no ângulo esquerdo, e calou a torcida que começara a cantar o hino do clube segundos antes: 1 a 0. Aguirre ainda tentou apostar em Brenner no lugar de Rojas, mas a equipe não teve nenhuma chance para empatar. Pior: perdeu o controle emocional. O próprio Brenner foi expulso aos 49 minutos por agressão a Emmanuel Olivera.