Cinco policias militares de Fernandópolis, afastados do trabalho por crime de tortura psicológica, aguardam decisão do Superior Tribunal de Justiça para retornar ao trabalho.
Mauro Luiz de Oliveira e os outros quatro soldados foram acusados de torturar psicologicamente o pedreiro Clodoaldo Borges para confessar a morte de sua sobrinha, Leandra Dias, em 1997.
A sobrinha, com 16 anos na época, foi encontrada morta no antigo Zoológico Municipal, estuprada e asfixiada, depois de desaparecida por vários dias.
O crime se transformou num mistério e até hoje não foi desvendado pela polícia.
Mas, durante um depoimento no Ministério Público, Clodoaldo acusou os militares de o obrigarem a confessar o assassinato, que garante não ter cometido.
O ex-promotor público Marinaldo Basílio usou a acusação para pedir a expulsão dos soldados da Polícia Militar, além da prisão deles no Presídio Romão Gomes, em São Paulo.
Mais tarde, Clodoaldo Borges voltou atrás e tentou retirar a acusação, mas Justiça não acatou a documentação porque o caso já havia transitado pelo STJ.
Agora, um embargo declaratório tenta ser juntado ao pedido de revisão criminal que pede a volta dos soldados ao 16º Batalhão da Polícia Militar.
Alguns deles dizem ter dificuldades para encontrar novo emprego, comprometendo, inclusive, o sustento das famílias.