sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Soldador afirma que advogado teria ameaçado a sua esposa

A movimentação gerada por quatro viaturas da Polícia Militar na Rua Pernambuco, trecho entre a Amazonas e Pará, a 20 metros da sede do Notícia da Manhã, chamou a atenção…

A movimentação gerada por quatro viaturas da Polícia Militar na Rua Pernambuco, trecho entre a Amazonas e Pará, a 20 metros da sede do Notícia da Manhã, chamou a atenção da equipe de reportagem e de quem passava pelo local na tarde de ontem. O motivo da movimentação, segundo Terezinha de Jesus Roque dos Santos, 49 anos, esposa do soldador Aparecido dos Santos, 52 anos, moradores de Santa Adélia, é que ela teria sido ameaçada mediante arma de fogo.

Aparecido declarou durante gravação de entrevista com a reportagem do Notícia da Manhã, que ele teria se acidentado no dia 19 de janeiro de 1996 em uma usina da região, local em que trabalhava. Na ocasião, o soldador procurou um escritório de advocacia e entrou com uma ação indenizatória contra a usina.

Durante o período do processo, alegou o soldador, a usina teria tentado negociar um acordo, mas o advogado não aceitou e, em seguida, por duas vezes, a causa de Santos teria sido perdida. “O advogado me ligou duas ou três vezes para conversar pedindo que eu viesse até o seu escritório, mas como eu estava sem dinheiro e por saber que a causa já estava perdida, não vim”, disse Santos.

Ontem, Aparecido e sua esposa contaram que aproveitaram uma consulta médica, para a qual retiraram dois passes da prefeitura, e compareceram ao escritório do advogado. Santos disse que confiava em que o advogado iria dar qualquer “dinheirinho”. “Quando eu cheguei, o advogado Sidney Cavalini Júnior não estava e ficamos aguardando. Em seguida fomos chamados para entrar na sala dele e durante a conversa ele afirmou que a causa estava perdida. Naquele momento eu disse que ele deveria ter aceito o acordo proposto pela empresa e ainda o chamei de incompetente”, afirmou o soldador.

No momento em que Santos saiu da sala, a esposa afirmou que o advogado pegou arma de fogo e a ameaçou. “Quando eu saí da sala, ele (advogado) mostrou arma de fogo para a minha esposa e disse que era o que tinha para nós. Naquele momento, por eu ter saído primeiro da sala, eu não percebi e nem vi a arma, só depois que a minha esposa comentou”, explicou Santos.

Após sair do escritório, Terezinha comentou com o marido o que havia acontecido e chamou a polícia. Em seguida, quatro viaturas da Polícia Militar foram deslocadas para o local, quando, de acordo com o soldador, localizaram a arma de fogo.

As partes foram conduzidas ao Plantão Policial e, após apresentar o fato à autoridade, todos foram liberados. Tanto a delegacia, como os policiais militares, não estavam autorizados a passar maiores detalhes sobre o ocorrido porque o advogado pediu que o boletim de ocorrência tivesse publicidade restrita.

A reportagem procurou o advogado, em seu escritório, mas ele preferiu não se pronunciar. Foram feitos também contatos, por celular, com o advogado de Cavalini, identificado como João Henrique, que também não falou sobre o ocorrido. O Notícia da Manhã, seguindo as normas jornalísticas, abre espaço ao todos os envolvidos, principalmente ao advogado que não se manifestou.

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