sexta, 16 de maio de 2025
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Soldado perde o movimento das pernas após tortura em quartel

Um soldado do Exército Brasileiro alega ter perdido o movimento das pernas após sofrer agressões físicas e psicológicas no 13º Batalhão de Logística, em Barueri, na Grande SP, quando informou…

Um soldado do Exército Brasileiro alega ter perdido o movimento das pernas após sofrer agressões físicas e psicológicas no 13º Batalhão de Logística, em Barueri, na Grande SP, quando informou a perda da fivela de seu cinto uniforme. Valdir de Oliveira, de 19 anos, registrou boletim de ocorrência em 10 de março e está afastado, com sequelas que incluem vômitos de sangue e dores na coluna. O Exército afirmou ao G1 que o caso está sob apuração, mas que “não há indícios de crime” no quartel até o momento.

Em depoimento à polícia, o militar descreveu ter sido levado para uma sala escura sem câmeras após admitir a falta da peça. “Quando me abaixei para fazer as flexões como punição, começaram a me chutar”, relatou. Ele contou ainda que foi obrigado a continuar treinamentos físicos no mesmo dia, mesmo com fortes dores, e que chegou a ser trancado em um quarto.

O Hospital Municipal de Barueri recomendou três dias de repouso – orientação que, segundo ele, foi ignorada pela corporação. “Vivi dias de tortura no alojamento. Sofri agressões que deixarão sequelas para a vida toda”, declarou Oliveira por meio de seu advogado, Eduardo Lemos Barbosa.

O soldado detalhou humilhações como ter de apanhar fardas arremessadas contra seu corpo e ser forçado a comer em apenas três minutos após o atendimento médico. O caso ocorreu durante a troca de uniformes, quando oficiais teriam iniciado o suposto “treinamento punitivo”.

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