quarta, 13 de novembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Soldado condenado a seis meses de detenção é expulso da PM

A Polícia Militar do Estado de São Paulo expulsou o soldado Fernando dos Santos Carvalho, pertencente ao 17º Batalhão, localizado em Rio Preto. A decisão foi publicada no Diário Oficial…

A Polícia Militar do Estado de São Paulo expulsou o soldado Fernando dos Santos Carvalho, pertencente ao 17º Batalhão, localizado em Rio Preto. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, nesta quarta-feira (15).

De acordo com o Comando Geral da PM, foi apurado que o soldado “cometeu atos atentatórios à instituição, ao Estado e desonrosos, consubstanciando transgressão disciplinar de natureza grave”, previstos no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar.

Segundo processo que consta no site do Tribunal de Justiça Militar, Carvalho foi condenado, em março deste ano, a seis meses de detenção em regime aberto, pelo crime de prevaricação (crime praticado por funcionário público contra a Administração Público).

A sentença foi assinada pelo juiz de Direito da Justiça Militar, José Álvaro Machado Marques. Ainda segundo informações no processo, Carvalho teve um relacionamento amoroso com uma mulher suspeita de envolvimento com tráfico de drogas.

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado e concluiu que, após terminar o namoro com a mulher, o réu teria a ameaçado dizendo para ela “não ficar surpresa quando a casa cair”. Carvalho também pediu para um amigo ligasse no 190 da Polícia Militar e denunciasse que a ex e uma amiga traficavam drogas.

O IPM concluiu ainda que o próprio soldado fez a apreensão na casa da ex-namorada e que ele teria encontrado maconha e munições calibre 9 milímetros dentro de uma sacola escondida embaixo da máquina de lavar da residência onde a mulher dividia com uma colega. Em nenhum momento Carvalho teria informado que conhecia a moradora e que teve um relacionamento íntimo com ela.

A mulher e a amiga foram presas em flagrante e liberadas pela Justiça, por inexistência de provas. O Ministério Público Militar entendeu que o soldado agiu por sentimento de vingança e que “maquiou a situação para dar ar de legitimidade para a ocorrência”.

O policial também chegou a acusar o amigo que fez a denúncia ao 190 de ter mentido em depoimento, além de colegas de profissão.

Carvalho ainda pode recorrer da decisão na Justiça. O DLNews solicitou nota ao Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, que informou que a PM respeitou a legislação:

“A Policia Militar esclarece que o ato foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo após transcorrido todo o processo administrativo, o qual respeitou a legislação vigente”.

Carvalho não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.

Notícias relacionadas