quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Sobre o Ideb

O Ideb é um índice criado pelo governo federal para avaliar a qualidade das escolas e das redes de ensino, combinando a taxa de aprovação com o desempenho dos alunos…

O Ideb é um índice criado pelo governo federal para avaliar a qualidade das escolas e das redes de ensino, combinando a taxa de aprovação com o desempenho dos alunos em matemática e língua portuguesa.

Assim como nas medalhas olímpicas, o resultado na educação também não foi bom para o Brasil.

Para nossa tristeza, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica divulgado nessa semana pelo Ministério da Educação mostra que o país teve avanços, porém, no geral, esse indicador comprova que os alunos não aprenderam direito o português e a matemática.

Resumindo, houve até uma pequena melhora, mas tão somente pela progressão dos estudantes, uma vez que houve menos repetência.

Isso sem dizer que, na fase que é considerada a mais complicada dos estudos, o ensino médio, o Ideb ficou estagnado e regrediu em nove estados e no Distrito Federal, ficando muito longe do índice previsto pelo governo.

Não precisa ser nenhum especialista para concluir que os avanços são muito tímidos e que grande parte dos estudantes ainda sai das escolas sem aprender o que deveriam ter aprendido.
O saldo disso é que, com o ensino médio estagnado, o governo federal pretende mudar a grade curricular e diminuir o número de disciplinas na grade das escolas públicas. Atualmente, são treze as matérias obrigatórias no ensino médio e segundo o MEC, “a sobrecarga é muito grande e não contribui para formar melhor o aluno”. Pronto, assunto resolvido?

Óbvio que não. Mais do que mudar a grade curricular, o governo precisa mudar urgentemente a forma de enxergar a educação. De nada adiantam investimentos maciços – e pelos números, é claramente perceptível que isso tem ocorrido – se esses investimentos não forem coordenados e bem aproveitados.
Não é somente disponibilizar os recursos, é preciso gastar bem o dinheiro.

Da forma como está sendo pensada e gerida a educação, os resultados continuarão parecidos com o das nossas medalhas.

Nos esportes olímpicos, assim como na educação, embora tenham sido investidos centenas de milhões de reais nos últimos anos, ainda continuamos dependendo de esforços individuais de atletas e infelizmente, a continuar como está, vamos continuar correndo atrás de Irã, Cazaquistão, etc e tal.

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