domingo, 24 de novembro de 2024
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Síndico que matou advogado com soco no rosto vira réu

O síndico Emerson Ricardo Fiamenghi, suspeito de matar com soco no rosto o advogado Celso Wanzo, virou réu por homicídio qualificado e lesão corporal. A denúncia do Ministério Público (MP),…

O síndico Emerson Ricardo Fiamenghi, suspeito de matar com soco no rosto o advogado Celso Wanzo, virou réu por homicídio qualificado e lesão corporal.

A denúncia do Ministério Público (MP), feita pelo promotor Rodolfo Strazzi Arcangelo Pereira, foi aceita, na última terça-feira (28), pela juíza Luciana Cassiano Zamperlini Cochito, da 1ª Vara Criminal de São José do Rio Preto (SP)

O caso foi registrado no dia 12 de fevereiro, na avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, após a final do Mundial de Clubes.

Celso levou um soco no rosto de Emerson, caiu desacordado e foi socorrido para o Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. Ele estava acompanhado de um amigo.

Em nota, o advogado de defesa de Emerson lamentou a denúncia oferecida. “Ela é contrária a prova dos autos, contrária a manifestação do promotor de Justiça oficiante no júri na comarca de São José do Rio Preto. Ademais, também há contrariedade à posição dos tribunais a respeito do tema, aguardando assim com serenidade a análise do caso pelo Poder Judiciário ao longo do processo”, disse Rogério Cury.

A denúncia
A vítima e o suspeito moravam no mesmo condomínio e torciam para times diferentes. Celso integrou o conselho de administração e havia sido advogado do prédio. Já Emerson virou síndico e assumiu a administração com outros integrantes em substituição à gestão anterior.

“À época da diretoria integrada pela vítima Celso, o denunciado insistia em vários questionamentos a respeito da administração do condomínio fazendo surgir animosidades, inclusive depois que o denunciado assumiu a função de síndico, com ameaças por parte do denunciado”, conta na denúncia do promotor Rodolfo Strazzi.

Na data do crime, Emerson chegou ao prédio conduzindo o veículo e passou a buzinar, ameaçar e ofender Celso que estava dentro do apartamento com familiares e amigos.

“Na ocasião, o denunciado chegou a dizer que a vítima era um advogadinho de bosta, advogadinho sem mundial, desça que vou te matar, corno, dentre outras ofensas”, escreveu o promotor na denúncia.

Segundo o MP, Emerson estacionou o veículo e voltou a ofender Celso de maneira insistente, caminhando e atravessando a rua, chamando o advogado para descer.

“Quando a vítima Celso atravessou a rua e entrou em um gramado, o denunciado foi ao seu encontro e movido por dolo eventual, assumindo o risco do resultado morte desferiu um violentíssimo soco na cabeça da vítima. Neste momento, a vítima João interveio e sofreu socos desferidos pelo denunciado”, consta em outro trecho da denúncia.

De acordo com o MP, a esposa da vítima desceu do prédio, percebeu a gravidade da situação, pegou o veículo e levou o marido para o Hospital de Base.

“A vítima Celso sofreu múltiplas fraturas desalinhadas de calota craniana, com afundamento de fragmentos ósseos; fratura de esfenoide e arco zigomático à esquerda; fratura da parte lateral e teto da órbita esquerda; fratura do teto da órbita direita; fratura da lâmina papirácea bilateralmente, ferimentos estes causados diretamente pelo soco desferido”, escreveu o promotor na denúncia.

Para o MP, Emerson cometeu homicídio qualificado por motivo fútil contra Celso, e lesão corporal contra João.

Prisão e soltura
No dia do crime, A Polícia Militar foi acionada e levou Emerson para a Central de Flagrantes de Rio Preto. O caso foi registrado como lesão corporal de natureza grave, já que a vítima ainda estava viva quando o boletim de ocorrência foi feito.

Emerson pagou fiança de R$ 5 mil e foi liberado. Contudo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e se entregou no dia 13 de fevereiro.

Logo depois, o advogado Humberto Barrionuevo Fabretti entrou com um habeas corpus, alegando que Emerson não teve a intensão de matar, e que não havia necessidade da prisão.

O desembargador Alcides Malossi Junior analisou o pedido feito pela defesa, revogou a prisão preventiva e determinou a expedição de alvará de soltura.

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