Mais de dois mil funcionários de frigoríficos da região, associados ao sindicato que representa a categoria, se reunirão hoje, às 9h, na praça central de Jales, onde acontecerá uma manifestação em apelo a não demissão destes trabalhadores.
Segundo o presidente da associação, Paulo Laurindo, a crise que houve no setor da carne na região, depois que a maior parte dos empresários do ramo foi presa pela Polícia Federal, em decorrência da “Operação Grandes Lagos”, causou tensão e instabilidade aos funcionários destas empresas. “O nosso objetivo é mobilizar a sociedade e as autoridades, para que juntos encontremos uma forma de manter o emprego dos trabalhadores, enquanto continuam as investigações”, ressalta.
A decisão sobre a realização da manifestação foi tomada ontem, durante uma assembléia na sede do sindicato. Faixas e provavelmente uma passeata pela cidade, marcarão o evento, que conta com participantes de Votuporanga, Valentim Gentil Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul.
Além do sindicato, todas as lojas afiliadas a Associação Comercial de Jales, em apoio à iniciativa dos funcionários de frigoríficos da região, participarão da manifestação baixando as portas por meia hora, no período da manhã.
Caso haja demissões nos frigoríficos – empresas que no caso de Jales, empregam grande parte dos moradores da cidade – o comércio é uns dos principais setores que conseqüentemente sofrerá uma crise econômica.
Em nota oficial, a assessoria do Frigorífico Agrocarnes de Jales (administrado pelo Grupo Itarumã), que tem nove de seus diretores presos preventivamente, informou que prorrogará por mais 15 dias as férias de 170 funcionários que já haviam sido afastados de suas funções.
