Nesta quarta-feira, a Federação Internacional de Tênis divulgou o veredito no caso de doping da tenista russa Maria Sharapova. Segundo a ITF, Sharapova cometeu uma infração no código de conduta da entidade e será punida por dois anos, retroativo a janeiro de 2016.
A punição a Sharapova foi definida durante uma audiência em um tribunal independente em Londres durante os dias 18 e 19 de maio. O tribunal recebeu provas e ouviu argumentos dos dois lados e divulgou a decisão nesta terça.
Logo após a divulgação da decisão, Sharapova anuncia nas redes sociais que vai apelas contra a punição.
Com a punição de dois anos, Sharapova poderá voltar ao circuito apenas em janeiro de 2018, quando estará perto de completar 31 anos de idade.
Além da punição, Sharapova também terá seu resultado do Australian Open deste ano – onde foi feito o teste antidoping – anulado, bem como os pontos acumulados e a premiação em dinheiro adquirida no torneio.
Sharapova estava punida de forma provisória desde março, quando anunciou publicamente que havia sido pega em um exame antidoping feito durante o Australian Open deste ano pelo uso da substância meldonium, que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo no corpo.
A tenista russa havia postado nas redes sociais em dias recentes vídeos dela própria praticando atividades de volta aos treinamentos na quadra de tênis.
Veja abaixo o depoimento de Sharapova após a decisão da ITF:
Com a decisão da suspensão de dois anos, o tribunal da ITF concluiu de forma unânime que o que eu fiz não foi intencional. O tribunal descobriu que eu não procurei me tratar com meu médico com o propósito de obter um anabolizante. A ITF passou um tremendo tempo tentando provar que eu intencionalmente violei as regras antidoping e foi concluído que eu não fiz. Você precisa saber que a ITF pediu ao tribunal para me punir por quatro anos – a suspensão por uma violação intencional – e o tribunal rejeitou a posição da ITF.
Enquanto o tribunal concluiu corretamente que eu não violei intencionalmente as regras antidoping, não posso aceitar uma suspensão dura de dois anos. O tribunal, cujos membros foram selecionados pela ITF, concordaram que eu não fiz nada intencionalmente errado, mesmo assim querem me deixar sem jogar tênis por dois anos. Eu vou imediatamente apelar da suspensão no CAS, a Corte Arbitral do Esporte.
Eu sinto falta de jogar tênis e dos meus incríveis fãs, que são os melhores e mais leais do mundo. Eu tenho lido suas cartas. Eu tenho lido seus posts nas redes sociais e amo o apoio que estão me dando nesses dias difíceis. Eu pretendo defender o que acredito ser certo e por isso vou lutar para estar de volta na quadra de tênis o mais cedo possível.
Com amor, Maria.