O pecuarista paulista tem até amanhã (30/11) para vacinar o seu rebanho contra a febre aftosa e também contra a raiva dos herbívoros, esta obrigatória em apenas três regiões do Estado: Mogi das Cruzes, Guaratinguetá e Pindamonhangaba. As vacinações ocorrem anualmente nos meses de maio e novembro. São Paulo não registra casos de aftosa há 11 anos e completa neste mês 40 anos de campanhas estaduais de vacinação.
A campanha foi iniciada no dia 1º e segue até sexta. Depois dessa data, o pecuarista tem até 10/12 para comprovar a vacinação em uma das unidades de defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Para isso, o criador deve apresentar a nota fiscal da vacina, a relação dos animais vacinados, RG e CPF do proprietário, assim como o CNPJ da propriedade e o nome das propriedades vizinhas, que servem como referência para atualização do cadastro.
Vale lembrar que obrigatoriamente todo o rebanho paulista será vacinado, mesmo depois do prazo, sob a supervisão da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento responsável pela sanidade animal e vegetal no Estado. O pecuarista que não informar ou não vacinar dentro do prazo está sujeito a multas: por não comunicar na data, de três Ufesps (cerca de R$ 42,69 por cabeça) e cinco Ufesps pela não vacinação (cerca de R$ 71,15 por cabeça).
O Estado de São Paulo, apesar de não registrar aftosa há 11 anos, sofre os embargos de países importadores devido aos casos da doença registrados em outubro de 2005 no Mato Grosso do Sul e Paraná. “Os prejuízos com a suspensão de compras já totalizam mais de US$ 1 bilhão. Então, conter a aftosa e fazer essa primeira lição de casa, que é vacinar, significa também assegurar mais renda no bolso de cada pecuarista”, afirma o secretário de Agricultura, João Sampaio.