A diretora regional do Sesi, Maria de Fátima Cacetari, de Rio Preto, admitiu ontem que a instituição pode acionar juridicamente a Prefeitura de Fernandópolis para receber uma dívida de R$ 500 mil. A possibilidade, segundo ela, está sendo estudada pelo Departamento Jurídico, sediado em São Paulo, através de uma ação de execução.
A declaração foi dada em entrevista à Rádio Difusora, nesta terça-feira.
A dívida é acúmulo de repasses dos últimos 10 anos, que foi renegociada e não paga em 2004, último ano da gestão do ex-prefeito Adilson Campos. O ex-prefeito disse que o município tem responsabilidade sobre metade das mensalidades de estudantes cujos pais não são empregados de indústrias conveniadas da instituição.
“O município só não deve pagar os custos de filhos de industriários, conforme o convênio”, explicou.
A cobrança saiu do âmbito jurídico para o político, nesta semana, com a confirmação extra-oficial do corte de merenda aos estudantes da escola, pela Prefeitura. “Esperamos uma posição oficial da administração para decidirmos qual medida tomaremos”, disse a diretora.
No início do mês, Maria de Fátima Cacetari falou com a diretora municipal de Educação, Adriana Merloti, e com chefe de Gabinete, Cláudio Ricardo Boutros, mas não obteve a posição definitiva. “Não consegui falar com a prefeita”, lamentou.
A Prefeitura alegou, em casos semelhantes, que o corte ocorreu na terceirização do serviço de produção de comida e no fechamento da Central de Alimentação. A assessoria da prefeita Ana Bim deverá responder à reivindicação da escola até a próxima semana.
