Os servidores municipais de São João das Duas Pontes estão dispostos a fazer uma greve por melhorias salariais e correção das perdas dos últimos 12 anos.
Na quinta-feira, 21, os servidores municipais realizaram uma assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jales, que também representa aqueles trabalhadores através de uma extensão de base sindical, para discutir a possibilidade da deflagração de uma greve.
Na assembleia, ficou definido um cronograma de negociação que inclui uma tentativa de se reunir com o prefeito para discutir uma proposta de reajuste.
O prefeito Zé Baruci (PR), de seu lado, alega que não pode conceder um mísero centavo de reposição salarial porque a parte patronal da contribuição previdenciária que a Prefeitura está obrigada a repassar mensalmente ao Instituto Municipal de Previdência corresponde a 48% do salário de cada servidor. Na maioria dos municípios da região, esse percentual não passa de 25%.
O Sindicato, afirma o problema não é dos servidores e vai exigir reposição salarial. A grande maioria dos servidores – especialmente os professores, estão insatisfeitos com o achatamento salarial e com o desprezo da administração municipal por outros direitos trabalhistas.
Na quarta-feira, 27, haverá uma nova assembleia e, se não houver nenhuma proposta do prefeito, a greve será colocada em votação e, se aprovada, o aviso de paralisação será protocolado na Prefeitura no dia seguinte, 28, com 72 horas de antecedência, como determina a lei. Se ainda assim o prefeito permanecer irredutível, a greve será iniciada na segunda-feira, dia 1° de abril.
A assembleia da semana passada teve a participação do vice-prefeito João Maria e de pelo menos três vereadores, que manifestaram apoio aos servidores. Um dos vereadores que teriam prometido apoio aos servidores, José Carlos Baruci Júnior (PR), filho do prefeito, disse que trabalha para sensibilizar o prefeito sobre a necessidade de reajuste, que segundo ele já era para ter definido em janeiro, ressaltando que em caso de não haver uma proposta satisfatória, apoia também um movimento grevista dos servidores.
Para o Presidente do Sindicato, José Luis Francisco, se o prefeito cortar gastos desnecessários principalmente com cargos de confiança e ajustar as finanças, pode sim conceder um reajuste aos servidores.