O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), evitou entrar em polêmica hoje com a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que vai reunir amanhã sindicatos dos servidores públicos filiados à instituição, para discutir estratégias e mobilização da campanha salarial da categoria, dentre elas a preparação de uma possível greve de funcionalismo. “Eu não vou ficar repercutindo a CUT. (A questão salarial) é assunto de médio prazo”, disse Serra, após anunciar hoje o mega-mutirão de saúde, que acontece amanhã em todo o Estado.
Ao comentar a mobilização da CUT, Serra ironizou: “Evidente que a CUT está sempre planejando greve, por tudo e por qualquer coisa, isto é tradicional. É um kit-CUT, até rimou”.
Amanhã, a CUT e o Sindicato dos Servidores Públicos irão se reunir a partir das 10 horas, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindiSaúde) para discutir as estratégias da categoria.
Dirigentes da central criticam o governo por não ter debatido reposição das perdas salariais, levando em conta que a data-base dos servidores foi no mês de março. Vão participar do encontro, 18 entidades ligadas a CUT, além do Fórum das Seis – conjunto de entidades que representam os docentes e funcionários da USP, Unesp e Unicamp.
Além da discussão de uma eventual greve, os sindicalistas pretendem elaborar um calendário de ações, incluindo a implementação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) e a incorporação de gratificações aos salários.