quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Seqüestrador se entrega após fuga de refém em Osasco

O presidiário Edson Félix dos Santos, de 34 anos, que manteve a ex-mulher refém por cerca de 37 horas, se entregou à polícia por volta das 5h desta quinta-feira (4),…

O presidiário Edson Félix dos Santos, de 34 anos, que manteve a ex-mulher refém por cerca de 37 horas, se entregou à polícia por volta das 5h desta quinta-feira (4), após a fuga dela.

Carla Joelma Alencar, de 33 anos, aproveitou o momento em que Santos adormeceu e pulou a janela da casa com a ajuda de policias. Ela não teve ferimentos e deixou o local em uma ambulância.

Após a fuga, a polícia negociou com Santos durante cerca de uma hora. Havia temores de que ele, armado com um revólver, cometesse suicídio.

Policiais o convenceram a se entregar e entraram na casa. Instantes depois, o presidiário saiu algemado. A polícia acredita que ele agiu por ciúme e vingança porque teria sido de Carla a iniciativa de terminar o relacionamento.

O seqüestro havia começado às 15h30 de terça-feira (2). O presidiário chegou a interromper as negociações com a polícia durante a madrugada e apenas por volta de 4h de quarta-feira (3) retomou as conversas.

Na tarde de quarta-feira, o seqüestrador consentiu que quatro pessoas que estavam em um cômodo anexo à casa deixassem o local. Os vizinhos foram liberados depois que um policial do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar entrou na residência para negociar a rendição.

Durante a tarde, o presidiário quebrou uma vidraça da residência com a ponta de uma arma. A polícia chegou a pensar que o gesto sinalizaria uma possível rendição. Entretanto, o comandante da ação da polícia, major Antônio Marin, do 3º Batalhão de Choque da Polícia Militar, comentou mais tarde que o presidiário chegou a afirmar que não se renderia “em hipótese alguma”.

Segundo o major, as negociações foram tensas durante todo o seqüestro. O presidiário só fez a exigência de falar com familiares. Edson insistia em dizer que iria se matar, caso não consiguisse entrar em liberdade.

Além do Gate, carros de outras unidades da PM, do Corpo de Bombeiros e uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) deram suporte às negociações.

Histórico de violência
A última prisão de Edson foi em março de 2005 no Centro de Detenção Provisória de Osasco 1 (CDP-1), na Grande São Paulo, para onde foi levado para cumprir pena de três anos e meio por porte ilegal de armas (e não 11, como a Polícia Militar havia divulgado inicialmente).

Beneficiado pela progressão de pena, em novembro de 2006, o criminoso foi transferido para a Penitenciária de Valparaíso, a 577 km da capital paulista.

Em dezembro, recebeu autorização para deixar a cadeia e passar o Natal e o Ano Novo com a família. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Edson deveria ter voltado para a prisão às 17h de terça-feira (2), horário em que já mantinha Carla refém.

A SAP informou que Edson foi preso pela primeira vez em março de 1998, quando foi condenado a cinco anos e sete meses de cadeia por assalto a mão armada. A pena começou a ser cumprida na antiga Penitenciária do Estado, no Carandiru.

No ano seguinte, beneficiado pelo regime semi-aberto, foi levado para a Penitenciária de Mongaguá, a 86 km da capital, e, em janeiro de 2000, saiu em liberdade condicional. (com informações do repórter da TV Globo Gustavo Minari)

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