Um dos depoimentos mais emocionantes da CPI do Merendão foi protagonizado pela ex-presidente do CAE (Conselho de Alimentação Escolar) e professora efetiva da escola Coronel Francisco Arnaldo da Silva. Sem medo e olhando para o secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Marlon Santana, Helen Caroline Pessotta, que estava ao seu lado esquerdo, foi taxativa: “não só faltava, naquela época, como falta até hoje”, relatando a falta de alimentação para os alunos da Prefeitura de Fernandópolis.
Helen abriu o coração e contou a verdade do que é a realidade em uma administração “podre” que tenta mascarar a merenda escolar e passar para a sociedade, por meio de anúncios em várias mídias imprensa, radiofônicas e televisivas de que tudo está a “mil maravilhas” e Fernandópolis é um exemplo de administração pública. Mentira!
Helen Pessotta reforçou em seu depoimento, gravado em vídeo que presenciou alunos voltando para a fila do alimento e não poder repetir o prato. “…mais triste, informou ainda que, por várias vezes, observou as criancinhas tendo que comer “nuggets” servido pela metade a cada criança, ou seja, cada criança recebia apenas a metade do “nuggets”, porque não havia quantidade suficiente.
As declarações de Helen Caroline Pessotta estão contidas na folha “16” do relatório final da CPI do Merendão que apontou superfaturamento de mais de meio milhão aos cofres públicos. Um rombo que ficará marcado na história a administração da prefeita Ana Maria Matoso Bim.