Os números apresentados esta semana pela Secretaria Municipal de Saúde mostram que 164 olimpienses foram picados por escorpiões, de janeiro a junho deste ano. Mostram também que 105 imóveis entre os que registraram acidentes foram visitados pela equipe de Epidemiologia do Setor. No primeiro semestre do ano, foram feitas191 notificações de acidentes. Neste caso, 157 locais de registros foram visitados. Ou seja, a equipe técnica da Saúde fez 262 visitas em seis meses.
Porém, esta rotina de contabilizar acidentes com o aracnídeo, de fazer visitas visando eliminá-los e de dar orientações no sentido de que o cidadão se previna matando-os, deverá mudar a partir de agora. A Saúde vai redirecionar o foco de ação, passando a dar ênfase à coleta desta espécie de artrópode viva, seguindo orientações dos especialistas do Instituto Butantã, que estiveram em Olímpia na semana passada.
Os biólogos Paulo André Margonari, Samuel Paulo Gioia Guizze e Irene Knyasak (diretora do Laboratório de Artrópodes do IB), fizeram palestras para interessados de diversos segmentos da comunidade, com destaque para funcionários e técnicos da Saúde, quando deixaram clara a importância que os escorpiões vivos têm para o Instituto, já que é do seu veneno que se produz o soro contra as picadas.
“O que vai ser implantado agora é a captura destes escorpiões. A Secretaria vai traçar estratégia para se adequar à realidade local como, por exemplo, trabalhos mais freqüentes no cemitério, na captura dos animais em bairros com mais acidentes, etc. Esta palestra trouxe para todos nós conhecimentos que poderão ser repassados também para a população”, informou Josielen Amorim, coordenadora da Saúde.
O cemitério foi um dos locais que os especialistas, juntamente com a equipe técnica da Saúde, visitaram na sexta-feira passada e de onde foram recolhidos entre 60 a 70 escorpiões. O local é considerado de altíssima incidência destes animais. O Jardim Santa Ifigênia também foi alvo da visitação, e lá foram recolhidos 14 escorpiões.
