A inclusão de escolas públicas rurais no plano de universalização do acesso à internet em banda larga, defendida pelo deputado Julio Semeghini (PSDB-SP), começa a ser avaliada pelo governo, em negociações com as operadoras de telefonia celular.
O deputado, que preside a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, manifestou sua preocupação com a inclusão digital para as escolas rurais durante audiência pública realizada em dezembro do ano passado, e cobrou do governo um cronograma para a inclusão dessas regiões nos planos de universalização.
Na época, representantes do governo e das operadoras de telefonia fixa apresentaram aos deputados da Comissão a substituição de metas de instalação de Postos de Serviços de Telecomunicações por uma infra-estrutura de acesso à internet em banda larga em todos os municípios, e ainda um acordo para a conexão de 55 mil escolas gratuitamente à internet por um determinado período, mas apenas nas áreas urbanas.
“A universalização deve atingir também as escolas rurais, já que a internet já é algo presente no campo, entretanto, ainda não beneficia a todos”, disse Semeghini, ao destacar que a internet pode ser uma ferramenta importante na educação e uma porta de acesso à tecnologia para os jovens das áreas rurais.
Em janeiro, o governo chamou as operadoras de telefonia celular para participarem do esforço de universalização da internet para as escolas rurais. As empresas ainda avaliam como poderão participar, pois, diferente das concessionárias de telefonia fixa, as teles celulares não possuem obrigações de universalização.