O Brasil não vai ter facilidade no duelo com a Suíça neste domingo, 17, na Arena Rostov, em sua estreia na Copa do Mundo.
Mais do que um discurso repetitivo de respeito, a declaração é um alerta de Tite e seu auxiliar Cléber Xavier pela evolução que ambos enxergaram no adversário desde o Mundial de 2014 no Brasil, quando os suíços caíram nas oitavas de final, batidos pela Argentina.
Xavier lembrou que a Suíça não se resume mais a um time de defesa forte, como ficou marcada especialmente na Copa de 2006, quando foi eliminada sem sofrer sequer um gol. O auxiliar de Tite lembrou que o técnico Vladimir Petkovic conta nas suas mãos com uma geração talentosa, que inclusive terminou as Eliminatórias Europeias com média de dois gols por jogo, ainda que só tenha conseguido se classificar ao torneio na Rússia na repescagem.
“A Suíça, após a Copa de 2014, com a troca do treinador, mudou um pouco seu estilo. É uma seleção mais equilibrada, mais ofensiva, que fez grande campanha nas Eliminatórias. Tem força pelos lados, com a combinação entre Shaqiri e Lichtsteiner, e também conta com o Xhaka. Se defende bem e sai em velocidade para o ataque. Das equipes que a gente enfrentou, me parece a mais forte”, disse.
O auxiliar de Tite destacou, porém, que não levava em consideração nessa análise a Alemanha, rival que o Brasil derrotou por 1 a 0, em amistoso realizado em março. Vale lembrar, também, que os alemães não utilizaram a força máxima no recente compromisso.
O ranking da Fifa aponta a seleção suíça entre as melhores do mundo, na sexta colocação, quatro postos atrás do Brasil. Diante desse cenário, o treinador destacou que o jogo será de grande qualidade e exigirá muito da seleção, o que ele considera positivo, por elevar o nível de jogo da seleção. “A gente vai ter contra a Suíça um grau de dificuldade elevado. Jogos de alto nível nos exigem, nos desafiam ao máximo”, comentou o treinador.
Tite também assegurou não haver pressão exagerada para o Brasil superar a Suíça, mesmo em um torneio curto, com duas vagas em disputa nas oitavas de final em três rodadas. “Não tem que ter desespero. Claro que tem necessidade do resultado e que queremos vencer, mas há uma característica diferente na competição, nessa fase de três jogos”, concluiu o treinador do Brasil, apontando que somar cinco pontos pode ser suficiente para a seleção avançar.