A seleção brasileira que disputará a Copa América no País nos meses de junho e julho será mais acessível ao torcedor para evitar ser vista como “chata”. Ao menos essa é a intenção da comissão técnica, que está fazendo para o torneio um planejamento diferente daquele usado na Copa da Rússia.
Em 2018, os convocados de Tite foram “confinados” na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), durante o período pré-Copa do Mundo e depois fizeram um único treino aberto à torcida em todo o período em solo russo, o que era uma exigência da Fifa. Agora, a meta é deixar o grupo mais próximo do torcedor.
“Vai ter o momento nosso, porque é importante para o treino, e tem também o momento estratégico, em que você pode atender mais o público onde estivermos. Vamos pensar bem, para não ficar uma seleção chata, sem acesso, sem poder ver”, afirma o coordenador de seleções, Edu Gaspar. “Tem muita gente que quer poder ter a oportunidade de ver pela primeira vez o Neymar, Willian, Douglas Costa, Thiago Silva, esses atletas mais midiáticos.”
No ano passado, a seleção ficou uma semana isolada na Granja Comary na primeira parte de preparação para o Mundial. Na única atividade em que o público teve acesso houve tumulto. Na ocasião quem ficou de fora chegou a vaiar o isolamento dos jogadores.
Agora, a ideia é o Brasil aproveitar o torneio em casa para ganhar a simpatia da torcida. “Quando fecha demais (o acesso), eu sempre falo que você fica antipático. Quando fica inacessível você se torna antipático.”
Cabeça de chave do Grupo A, o Brasil passará pelas cinco cidades-sede caso chegue à final da Copa América. O grupo viajará para o local dos jogos logo após cada partida. A Granja Comary só será utilizada no período de preparação e, possivelmente, se a seleção chegar à final.