sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Segundo suspeito de matar família de Olímpia é preso em Pedranópolis

A Polícia Civil de Votuporanga prendeu no final da tarde deste domingo, dia 28, o segundo suspeito de envolvimento no triplo homicídio que vitimou uma família de Olímpia no dia…

A Polícia Civil de Votuporanga prendeu no final da tarde deste domingo, dia 28, o segundo suspeito de envolvimento no triplo homicídio que vitimou uma família de Olímpia no dia 28 de dezembro de 2023, mas os corpos foram localizados somente no dia 1º de janeiro. O crime aconteceu em um canavial às margens da estrada do 27, na zona rural da cidade.

O segundo suspeito, um rapaz de 42 anos, foi preso na cidade de Pedranópolis, região de Fernandópolis, após trabalho investigativo da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga. Ele foi conduzido para a Delegacia de Investigações Gerais de Votuporanga e, posteriormente, para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

O primeiro suspeito, um rapaz de 23 anos, foi preso na cidade de Valentim Gentil no dia 18 de janeiro, após um trabalho de investigação dos policias da DIG de Votuporanga.

A investigação do crime está sendo conduzida pelo delegado Thiago Madlun. A principal linha de investigação é a de acerto de contas envolvendo o tráfico de drogas.

O triplo homicídio chocou toda a região. A prisão dos dois suspeitos é um importante passo para o esclarecimento do crime e para que a justiça seja feita.

DINÂMICA DO CRIME

A Polícia Civil de Votuporanga divulgou a dinâmica do crime que o suspeito, João Pedro Teruel de 23 anos, matou uma família de Olímpia que acabou sendo encontrada em um canavial de Votuporanga.

De acordo com as investigações a família foi assassinada em uma emboscada em Votuporanga. O crime ocorreu no dia 28 de dezembro de 2023, mas os corpos das vítimas só foram encontrados no dia 1º de janeiro.

As vítimas são Anderson Marino, de 35 anos, a esposa Mirele Tofalete, de 32 anos, e a filha deles, Izabelly, de 15 anos. Eles foram encontrados mortos com
sinais de execução em um canavial.

De acordo com a Polícia Civil, Anderson foi o primeiro a morrer, ao ser atingido por sete disparos. Ele entregaria maconha aos suspeitos do crime quando foi assassinado.

Mireile foi a segunda a morrer, ao ser atingida por 13 disparos. Ela não teve tempo nem de tirar o cinto de segurança. Izabelly recebeu quatro disparos e estava escondida no banco do carro.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o crime foi premeditado. Anderson já tinha passagens por tráfico de drogas e pediu para que uma testemunha do crime entregasse a droga aos suspeitos, mas o homem negou o serviço devido ao valor que seria pago.

Dessa forma, segundo o delegado responsável pelo caso, Tiago Montagnini, os suspeitos sabiam que Anderson levaria os entorpecentes e organizaram a emboscada.

“O local é ermo, tanto que só depois de quatro dias os corpos foram descobertos. Não havia testemunhas presenciais. Os autores premeditaram o crime, o local foi escolhido a dedo e, para não deixar rastros, eles se desfizeram dos celulares das vítimas”, informou o delegado.

O primeiro suspeito do crime, João Pedro Teruel, de 23 anos, foi encontrado na casa da namorada, em Valentim Gentil, e preso temporariamente por 30 dias na quinta-feira (18).

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito inicialmente negou o crime, mas depois afirmou que ajudou a armar a emboscada contra a família. Ele foi encaminhado ao Plantão de Votuporanga e, depois, à cadeia.

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga aguarda laudos e continua investigando o caso para tentar localizar outros suspeitos de participarem do crime.

NO TRÁFICO

O morador de Olímpia (SP), que foi encontrado morto na tarde da última segunda-feira, (01/01/2024), junto com a esposa e a filha, continuava no tráfico de drogas e teria caído em uma emboscada, segundo a Polícia Civil da cidade. Um dos delegados de cuida do caso, Marcelo Pupo de Paula, afirmou para a Gazeta do Interior que Anderson Givago Marinho, de 35 anos, teria ido levar maconha até a cidade de Votuporanga (SP), onde acabou sendo executado junto com a esposa, Mirele Regina Beraldo Tofalete, de 32 anos e a filha, Isabelly Tofalete Marinho, de 15 anos.

“Ontem nós já ouvimos algumas pessoas e nós já temos a confirmação de que ele teria ido até um canavial do bairro Cruzeiro na cidade de Votuporanga levar entorpecentes. O que precisamos saber agora é quem seria o mandante e o executor do crime”, afirma o delegado.

As investigações sobre o caso seguem paralelas, já que a família é de Olímpia e estava desaparecida desde o dia 28 de dezembro, quando teria ido até São José do Rio Preto (SP), segundo familiares, comemorar o aniversário da mulher, Mirele, que completaria 32 anos, naquele dia. A polícia já sabe que a família não teria realizado a comemoração, já que o carro teria sido registrado em um radar da rodovia Washington Luís, no dia do desaparecimento, sentido Votuporanga.

“O inquérito policial segue pela DIG de Votuporanga e nós estamos prestando todo o apoio nas investigações, que seguem paralelas aqui por Olímpia. Nós também trabalhamos com a suspeita de que o autor possa ser algum bandido de saidinha temporária ou ainda que o crime tenha sido provocado pelo fato dele [Anderson] ser um informante no mundo do tráfico”, disse ainda Marcelo Pupo.

Conforme a Gazeta já mostrou, Anderson, Mirele e Isabelly foram encontrados mortos, em estado avançado de decomposição, em uma estrada de um canavial de Votuporanga, na tarde de segunda-feira (1º). A mulher e a filha estavam dentro do carro e Anderson do lado de fora do veículo.

No local do crime, cápsulas de pistolas 9 milímetros foram apreendidas. Os celulares das vítimas, até o momento, não foram localizados.

O delegado afirma ainda que, através de rastreio eletrônico dos aparelhos, descobriu que há uma ligação do celular da filha para a Polícia Militar. “Possivelmente Anderson desceu para conversar com alguém, quando foi baleado. A menina pode ter tentado ligar para a polícia, onde também foi morta junto com a mãe, em uma possível queima de arquivo”, afirmou Marcelo.

O carro foi apreendido e periciado com o objetivo de encontrar vestígios que possam levar até os autores. Os documentos pessoais do casal também foram recolhidos junto com as vítimas.

Em 2015, Anderson e outros três indivíduos foram presos com 995 porções de cocaína, em Tabapuã (SP). Na época ele foi condenado a dois anos de prisão pela justiça da cidade.

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