O secretário de Cultura de Birigui, Giovani Aparecido Machado, de 40 anos, encontrado morto na madrugada do último dia 18, na vicinal Antônio Mestriner, que liga as cidades de Birigui e Clementina, teria sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). A informação foi dita na manhã desta segunda-feira (23), pelo delegado que investiga o caso, Eduardo Lima de Paula.
Ele, no entanto, não deu detalhes sobre as investigações, dizendo apenas que as buscas prosseguem pela cidade, na tentativa de localizar suspeitos. “Nossa principal linha de trabalho é o latrocínio, conforme apontam as informações que levantamos até o momento. Estamos ouvindo ainda os parentes, testemunhas e amigos próximos para refazermos os últimos passos de Machado”, disse.
As redes sociais serão rastreadas para que as últimas mensagens trocadas por ele sejam também analisadas. O delegado reforçou que as investigações contam com o apoio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Seccional e Deinter-10, todos de Araçatuba. No início das investigações, além do latrocínio, a polícia trabalhava com crime passional e rixa, em razão de ocupar um cargo público, o que já está praticamente descartado.
EVIDÊNCIAS
Em novas buscas pelo local onde o carro da vítima e o corpo foram achados, a polícia encontrou uma camiseta suja de sangue. A peça foi encaminhada para análise, que auxiliará na identificação do autor. A arma usada no crime – uma faca – ainda não foi localizada pela polícia, bem como os celulares e a chave do automóvel, um New Ford Fiesta sedan.
Na madrugada do crime, uma equipe da PM recebeu denúncia de que um carro estaria abandonado no quilômetro 13 da estrada. Chegando ao local, os policiais encontraram um Ford Fiesta, ano 2013, de cor prata. Havia marcas de sangue no banco do passageiro. Ainda durante as buscas, os militares viram o corpo do secretário com sete perfurações de faca no lado esquerdo do peito e uma no pescoço em uma plantação de soja. Havia ainda uma pedra sobre o cadáver.
PASSEATA
Cerca de 200 moradores de Birigui realizaram uma passeata, na manhã de sábado (21), para protestar contra a morte do secretário e também homenageá-lo. Os presentes, vestidos de branco percorreram as principais ruas da cidade em um clamor por dias de paz. Em seu grito, o movimento pediu “mais cultura, menos violência”.
O prefeito Pedro Bernabé (PDT), vereadores, familiares do secretário e demais autoridades e membros de entidades em geral estiveram no ato, que terminou na praça Dr.Gama, onde ocorreram apresentações culturais e orações.
Folha da Região
