O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, negou a possibilidade de profissionais da saúde primária entrarem em greve ou adotarem paralisações em meio aos novos surtos de gripe e da Covid-19. Segundo ele, cerca de 1% dos 175 mil funcionários da saúde, quase 2 mil profissionais, estão afastados em decorrência de infecções respiratórias, o que acaba desfalcando os hospitais. “Não existe condição de um serviço de saúde fazer paralisação em um momento como esse. Tenho certeza que não vai acontecer, porque foi exatamente esse grupo que sempre esteve na linha de frente e não parou. Não é agora que vão parar”, assegurou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
De acordo com Gorinchteyn, São Paulo acompanha um aumento na procura pelos hospitais nas últimas semanas, especialmente nos prontos socorros. Por isso, trabalhadores estão sendo remanejados para garantir o funcionamento das unidades. “O número de internações realmente chamou atenção, até porque nas enfermarias passou a ter 11% de aumento diário e chegamos a quase 5% nas internações de UTI com pacientes com síndromes respiratórias aguda”, pontuou o secretário, defendendo a adoção de novos protocolos, anunciados nesta quarta-feira, 12, no Estado. “Nada mais claro que promover restrições em condições que há aglomeração”, acrescentou.
Ainda sobre a Covid-19 São Paulo, Jean Gorinchteyn reforçou a expectativa do governo de receber a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso da CoronaVac em crianças de 5 a 11 anos “nas próximas horas”. “Todas as documentações foram reencaminhadas pelo Butantan e tendo uma vacina como essa, segura e eficaz, temos já um quantitativo de 12 milhões de doses e conseguiríamos dar celeridade ao processo”, afirmou. A expectativa é que o Estado receba nas próximas horas 260 mil doses do imunizante da Pfizer para uso na população pediátrica. Até o momento, os planos do Ministério da Saúde para a vacinação infantil não contemplam o uso da vacina do Instituto Butantan.