quinta, 10 de julho de 2025
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Secretário de Saúde de Fernandópolis deixa grupo de apoio a ‘Lula 2026’ após quase 5 meses no governo Cantarella do PL

O secretário de Saúde de Fernandópolis, José Martins Pinto Neto, enfermeiro e professor universitário, deixou um grupo de WhatsApp de apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A saída ocorre após cerca de cinco meses no cargo na gestão do prefeito João Paulo Cantarella (PL).

Zé Martins, como é conhecido, se retirou do grupo “Fernandópolis Lula 2026”, que foi criado em 13 de fevereiro de 2021 e contava com 123 participantes ligados à esquerda e extrema-esquerda da cidade e região; a saída ocorreu exatamente em 14 de maio de 2025 às 17:24. A atitude surpreendeu até mesmo militantes de esquerda, uma vez que Zé Martins era conhecido por seu ativismo e teria participado ativamente da campanha que elegeu Lula em 2022, antes de assumir a pasta da Saúde.

A nomeação de José Martins para a secretaria já havia sido alvo de críticas por parte dos apoiadores do prefeito Cantarella. Estes se mostraram indignados, pois a base eleitoral que conduziu Cantarella à vitória em Fernandópolis foi composta majoritariamente pela direita e extrema-direita, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na época, a decisão de Cantarella em nomear um petista para um cargo municipal não foi amplamente compreendida. Rumores indicaram que a nomeação teria sido uma indicação da diretoria da Universidade Brasil, onde Zé Martins atua como professor. De lá também vieram a maioria dos coordenadores que hoje compõem o alto escalão da Secretaria de Saúde de Fernandópolis, incluindo o comissionado André Lozano, que esteve envolvido em um caso de uso de canetas de insulina da Farmácia Municipal para fins didáticos particulares, sem desfecho conclusivo até o momento. Outro coordenador, responsável pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento), foi acusado de não cumprir horário.

Sobre a saída do grupo de WhatsApp, um militante de esquerda declarou que pretende comunicar a alta cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília, alegando uma possível “troca de lado” do secretário, o que poderia influenciar outras questões partidárias e futuras articulações da esquerda na região.

Questionado sobre o motivo de ter deixado o grupo, José Martins Pinto Neto optou por não responder.

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