O ex-deputado federal e atual secretário de governo da cidade de São Paulo, o fernandopolense Julio Semeghini, é acusado de receber propina da Eletropaulo.
O vazamento de gravações indicam recebimento de propina do consórcio FM Rodrigues, vencedor da licitação da PPP (Parceria Público-Privada) da Iluminação Pública. O caso resultou na demissão da diretora do Ilume, Denise Abreu, e no pedido de exoneração de outros seis funcionários.
Nesta terça-feira (27), o Ministério Público (MP) recomendou à Prefeitura de São Paulo a suspensão do contrato da parceria público-privada (PPP) da iluminação pública.
Em nota, a gestão municipal afirma que aguarda a finalização das investigações da Controladoria para tomar uma decisão final sobre a manutenção ou não da PPP.
Uma das gravações mostra Denise Abreu em conversa com sua então secretária, Cristina Maria Chaldi, em seu gabinete em dezembro do ano passado.
No diálogo, Denise diz que irá realizar o último pagamento à secretaria no valor de R$ 3 mil referente ao mês de novembro. Segundo ela, o dinheiro foi repassado pela FM Rodrigues que deixaria de pagar o valor porque teria os contratos encerrados com a Prefeitura. A “mesada” da empresa seria paga em troca de favorecimento.
Denise também acusa os secretários Marcos Penido (Serviços e Obras) e Julio Semeghini (Governo) de receberem propina da Eletropaulo. Na gravação, ela diz que “tudo mundo sabe que eles levam uma bola da Eletropaulo.”
Em outra, Ana Claudia Kim, assessora jurídica do Ilume, diz que o novo contrato da iluminação pública geraria propina de R$ 700 milhões.
Após o vazamento do áudio, a Prefeitura de São Paulo limitou a atuação da concessionária da PPP da Iluminação para executar serviços estritamente ligados à manutenção da iluminação pública da cidade.
A empresa será notificada pela Secretaria de Serviços e Obras, segundo informou a gestão municipal na tarde desta quarta (28).
Com informações do G1