A Secretaria de Saúde de Fernandópolis realizou na tarde de ontem 14, uma reunião com profissionais da área para tratar sobre as ações que deverão ser estabelecidas, na eventual ocorrência de casos suspeitos de Ebola no município.
O encontro envolveu profissionais da Vigilância em Saúde, CADIP – Centro de Atenção a Doenças Infectocontagiosas, SAMU, Atenção Básica, Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Santa Casa, Equipe do Pronto Socorro da Santa Casa, Unicastelo e FEF. Foram discutidos os fluxos: sobre acolhimento e identificação do paciente suspeito.
“Todos os funcionários da Saúde do Município serão capacitados para como proceder quando for identificado um caso suspeito”, disse a secretária de Saúde Lígia Barreto. Também serão realizadas reuniões com os 12 municípios pertencentes à área de abrangência para que as ações sejam coordenadas e todos da rede de Saúde possam estar atentos a possíveis casos suspeitos do Ebola.
A doença
A febre hemorrágica Ébola ou ebola é uma doença humana transmitida por um vírus altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Os sintomas têm início duas a três semanas após a infecção, e manifestam-se por febre, dores musculares, dores de garganta e dores de cabeça. A estes sintomas sucedem-se náuseas, vômitos e diarreia, a par de insuficiência hepática e renal. Durante esta fase, algumas pessoas começam a ter problemas hemorrágicos.
Após a infecção, a doença é transmissível de pessoa para pessoa, inclusive através do contato com pessoas mortas em decorrência do vírus. Os homens que sobrevivem à doença continuam a ser capazes de transmitir por via sexual por cerca de dois meses.
O diagnóstico tem geralmente início com a exclusão de outras doenças com sintomas semelhantes, como a malária, cólera ou outras febres hemorrágicas virais. Para a confirmação, o sangue é posteriormente analisado para detectar a presença de anticorpos do vírus, de ARN viral ou do próprio vírus.
A doença já afetou mais de 8 mil pessoas e matou ao menos 4 mil delas, segundo balanço de 05 de outubro divulgado pela Organização Mundial da Saúde, agência das Nações Unidas. Não há vacina disponível para uso na população.
Recomendações para prevenção:
· Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;
· Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus Ebola;
· Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;
· Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados.
· Só coma alimentos exóticos de procedência conhecida;
· Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.