O número de apreensões de drogas dentro das sete unidades prisionais da região de Rio Preto é maior que o número de drogas apreendidas com visitantes e na área externa, de acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária, a SAP.
Somente no ano passado, foram 69 apreensões dentro dos estabelecimentos prisionais e 22 interceptações de entrada da droga realizadas por agentes penitenciários.
A Penitenciária de Riolândia é a que lidera o ranking. Foram 13 apreensões dentro de celas e 17, em áreas comuns da unidade. Em seguida, aparece o Centro de Progressão Penitenciária de Rio Preto, com 11 flagrantes dentro de celas e três apreensões em áreas de uso comum.
Os Centros de Detenção Provisória de Icém, Riolândia e Rio Preto aparecem com uma média de oito apreensões cada e o Centro de Ressocialização Feminina de Rio Preto, que funciona em regime fechado e semiaberto, não há registros de flagrantes de entorpecentes.
Apenas o CPP de Rio Preto tem registros de apreensão fora da unidade. Os agentes penitenciários da unidade fizeram oito apreensões durante todo o ano passado.
Já nos três primeiros meses de 2018, o CPP de Rio Preto já tem 14 registros de apreensões. Foram sete flagrantes dentro de celas e seis, nas áreas externas da unidade. Na área comum para os detentos, foi registrada apenas uma localização de entorpecentes.
Ao todo, nas sete unidades prisionais da região, foram dez apreensões em celas e duas dentro em áreas comuns. Nos flagrantes antes da entrada, 13 foram com visitantes e cinco, por meio de correspondências.
Por meio de nota, a SAP esclareceu que a política da Pasta é de tolerância zero com relação à entrada de objetos ilícitos, sejam eles celulares, entorpecentes, entre outros, em suas unidades prisionais.
Todas as unidades possuem aparelho de Raio-X de menor e maior porte, além de detectores de metal de alta sensibilidade.
Os últimos três equipamentos de scanners corporal foram instalados entre outubro e novembro do ano passado pela SAP.
A nota esclarece ainda que são realizadas vistorias periódicas e que todos os presos que são surpreendidos com drogas ou celulares respondem criminalmente, além de sofrer sanções disciplinares, perdem os benefícios conquistados durante o cumprimento da pena.
Após o flagrante de entorpecente, é instaurado procedimento para apurar a responsabilidade do autor, em seguida, ele é transferido para o pavilhão disciplinar e os casos são registrados junto à delegacia dos municípios.
Em relação às visitas flagradas tentando adentrar com drogas em unidades prisionais, são automaticamente retiradas da lista de pessoas permitidas.
O CPP de Rio Preto, por ser uma unidade de regime semiaberto, sendo cercada somente por alambrados e não dispondo de vigilância armada, é mais suscetível a sofrer tentativas de entrada de ilícito por meio de arremessos. Além disso, os reeducandos do regime semiaberto têm maior contato com o mundo exterior, pois podem, com autorização judicial, sair para trabalhar e estudar fora da unidade.