quarta-feira, 9 de outubro de 2024
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São Paulo barra entrada de aves do Rio Grande do Sul

Diante do aparecimento de doença de Newcastle em criação de frangos no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo estabelece critérios para…

Diante do aparecimento de doença de Newcastle em criação de frangos no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo estabelece critérios para o ingresso e o trânsito de aves sensíveis à doença, seus produtos e subprodutos vindos deste estado.

A medida tem respaldo na Instrução Normativa nº 17, parte do Plano Nacional de Contingência e Controle para Influenza Aviária e Doença de Newcastle e começou a valer a partir de sábado (08/07).

Pela resolução, a entrada de aves domésticas, exóticas e silvestres, seus produtos e subprodutos e materiais de multiplicação, oriundos do Estado do Rio Grande do Sul será permitido pelos corredores sanitários na divisa com o Paraná, são eles: Rodovia SP 425, Município de Itororó do Paranapanema, região de Presidente Prudente; Rodovia BR 153, em Ourinhos; Rodovia SP 333, em Florínea, região de Assis; Rodovia SP 258, em Itararé, na região de Itapeva; Rodovia BR 116, em Barra do Turvo, na região de Registro.

Segundo a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da secretaria responsável pela sanidade animal e vegetal, fica proibida a entrada de qualquer ave ou produto proveniente da região circunscrita no raio de 10 km do foco.

Nas demais áreas, foram estabelecidos critérios para aves e os ovos conforme idade e período de incubação, baseado em normas técnicas de sanidade e legislação federal. Todo material deve vir acompanhado de Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida por médico veterinário oficial ou credenciado, após realização de amostragem sorológica negativa para Doença de Newcastle.

Também pelos critérios, o ingresso e o trânsito de aves de descarte de granjas de reprodução e aves de descarte de granja produtora de ovos para consumo deverá ser acompanhado da GTA, emitida por médico veterinário oficial, devendo essas aves ser destinadas a abatedouros com inspeção federal, cuja emissão da GTA deva estar vinculada à comprovação de recebimento pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), do lote de aves de descarte encaminhado anteriormente.

CONDIÇÃO DE SÃO PAULO – o estado passou a ser considerado área livre da doença desde 2003 e realizou um trabalho em parceria com a Associação Paulista de Avicultura (APA) de cadastramento e geo-referenciamento de 5 mil granjas paulistas totalizando um universo de 198 milhões de aves com vigilância ativa para salmonela, microplasma e newcastle, além do atendimento a suspeita de influenza aviária, já que a doença não existe no país. “Temos o completo controle da nossa produção industrial altamente tecnificada e uma das mais desenvolvidas do mundo”, afirma o secretário de agricultura, Alberto Macedo.

A Secretaria também reestruturou o GEASE (Grupo Especial de Atendimento a Suspeitas de Enfermidades Emergenciais). Foram realizadas reuniões técnicas destinadas à capacitação de profissionais para a identificação e prevenção da influenza aviária e doença de newcastle no Estado com mais de mil médicos veterinários treinados. Foi solicitado junto ao Ministério de Agricultura o credenciamento do Laboratório de Diagnóstico do Centro de Avicultura de Corte – em Descalvado, na região de São Carlos, para análises destas doenças.

No caso das criações domésticas, profissionais dos 40 escritórios de defesa agropecuária e das casas de agricultura receberam treinamento para a verificação de sintomas e encaminhamento adequado em caso de suspeita da doença.

IMPORTÂNCIA DO SETOR – O estado de São Paulo é o terceiro maior produtor de carne de frango do país, acompanha de perto Santa Catarina, o segundo colocado, precedido do Paraná. Somos também o maior produtor de ovos para consumo com mais de 40% na produção. A avicultura é a quarta atividade agrícola no estado no valor da produção, que em 2005 chegou a R$ 1,72 bilhão, perde para cana, carne bovina e citros.

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