Segundo números informados pelo Santos, mais de 17 mil associados estão aptos a votar na assembleia do próximo sábado (29), que definirá se José Carlos Peres continuará na presidência.
Sendo assim, o clube se prepara para a votação como se fosse receber um clássico na Vila Belmiro. Os sócios poderão votar entre às 10h e 18h. Logo depois, será conhecido o resultado.
Na manhã desta quinta-feira (27), Marcelo Teixeira, ex-mandatário do Santos e hoje presidente do Conselho Deliberativo, concedeu entrevista coletiva em que deu mais detalhes sobre a assembleia. E ao contrário da polêmica eleição entre Modesto Roma Júnior e José Carlos Peres no fim do ano passado, Teixeira acredita que não haverá nenhum tipo de dificuldade no pleito.
“Nós temos 120 pessoas envolvidas pelo clube. E temos outros órgãos de apoio como a Polícia Militar, que destacará o número necessário numa proporção como num jogo, num clássico. Há preocupação da PM diante das possíveis situações que possam acontecer tanto na parte interna como na parte externa”, afirmou.
“Já há uma experiência da polícia em eventos como esses, então não tem nenhum tipo de dificuldade com o trabalho em relação deles”, acrescentou. “Igualmente teremos a CET, os seguranças do clube na parte externa e seguranças terceirizados do Conselho na parte interna. Não terá qualquer tipo de dificuldade”.
O presidente do Conselho evitou dar uma previsão de quantos associados comparecerão à Vila Belmiro para votar, uma vez que é o primeiro processo de impeachment da história do clube. Independentemente disso, Marcelo Teixeira diz que o clube está preparado para o número máximo.
“É difícil fazer uma estimativa porque nunca tivemos o processo de impedimento. As referências são de processos eleitorais. A estrutura que estamos montando é para receber e aguardar 17 mil associados”, afirmou o ex-presidente, que ainda lamentou a turbulência política vivida no clube e, principalmente, o quanto tudo isso prejudica a imagem do Santos.
“Dificilmente nós tivemos, nesses últimos tempos, situações como essas vividas no clube, e isso sem dúvida prejudica. Quando nós imaginávamos que estaríamos aqui para esclarecer a respeito de uma assembleia que talvez acontecesse só daqui a três anos, visando a próxima eleição presidencial. Mas cabe à Mesa e ao Conselho atuarem, até pelo resultado dos dois processos que foram votados e aprovados, convocar essa assembleia”, declarou Teixeira.
“É um momento democrático, importante, onde o associado terá o seu direito de voto. Paralelamente é um momento político complicado onde o maior prejudicado é o Santos Futebol Clube e a sua imagem, que tem sido sempre destacada dentro de campo e que agora, infelizmente, tem sido atrelada a momentos como esse, perigosos”, acrescentou.
Para que José Carlos Peres seja destituído da presidência, é preciso que a maioria dos associados vote sim pelo impeachment. Neste caso, o vice Orlando Rollo assume o cargo.
ATO ISOLADO
Questionado sobre o vídeo em que um empresário aparece oferecendo dinheiro a um associado para que ele apoie o impeachment de Peres, Marcelo Teixeira disse que o Conselho não tem informações suficientes para tomar alguma providência.
“As providências da assembleia não estão relacionadas a esses atos isolados. Não temos conhecimento de quem parte esse tipo de vídeo, se são gravados para prejudicar A ou B. Estamos acompanhando todos esses procedimentos, mas não são ainda fatos concretos que possibilitem que a Mesa possa atuar. Não sabemos se ele é realmente empresário de futebol, não sabemos se são associados ou pessoas envolvidas no processo, se o vídeo é fomentado para atingir um tipo de finalidade”, completou. Com informações da Folhapress.