Apesar de perder por 1 a 0 para a LDU de Quito (Equador), nesta terça-feira (1), na Vila Belmiro, o Santos está classificado para as quartas de final da Libertadores. O Peixe se beneficiou da vitória por 2 a 1 no jogo de ida, na última terça-feira (24), na capital equatoriana. O confronto terminou empatado em 2 a 2 no placar agregado, mas o Alvinegro levou a melhor pelo critério de gols marcados fora de casa (dois contra um).
O Santos teve o controle do primeiro tempo, principalmente atacando pelo lado direito, mas não transformou a superioridade em gols. Na primeira meia hora, foram ao menos cinco boas oportunidades. Duas delas foram evitadas por Adrián Gabbarini. Aos 13, o goleiro da LDU parou o chute de fora da área do volante Diego Pituca. Aos 22, ele salvou o que seria um gol do atacante Kaio Jorge, com quem ficou cara a cara. Aos 28, o atacante Lucas Braga ainda cabeceou a bola no travessão.
Os equatorianos equilibraram as ações e voltaram melhores para a etapa final. O Santos inicialmente manteve a postura ofensiva, mas aos 19 minutos o meia Matías Zunino aproveitou o bate-rebate na área santista e colocou a LDU na frente. A equipe visitante se animou e tomou o controle da partida. O Alvinegro, por sua vez, recuou demais após o gol, tendo somente o atacante Marinho à frente. Aos 34, Zunino teve a bola do jogo, mas perdeu a chance debaixo da trave alvinegra.
Nos acréscimos, após uma disputa de bola na área santista, jogadores dos dois times brigaram asperamente. Após quase 10 minutos de paralisação, o árbitro Nestor Pitana recorreu ao árbitro de vídeo (VAR) para conferir os detalhes da briga. O zagueiro Luiz Felipe e o preparador Omar Feitosa (ambos do Santos) e o meia Lucas Villaruel, da LDU, foram expulsos, enquanto o goleiro John, do Peixe, levou cartão amarelo. O jogo foi encerrado na sequência das punições.
Nas quartas, os santistas aguardam quem se classificar entre Grêmio e Guaraní (Paraguai), que se enfrentam na quinta-feira (3), às 21h30 (horário de Brasília), em Porto Alegre. Os gaúchos ganharam o primeiro jogo, fora de casa, por 2 a 0. Caso o Tricolor avance, reeditaria com o Peixe a semifinal da Libertadores de 2007. Os gremistas, na ocasião, levaram a melhor após vencerem no extinto estádio Olímpico por 2 a 0 e perderem em Santos (SP) por 3 a 1, prosseguindo à final pelo gol fora de casa.
Pênalti elimina Furacão
Recheado de desfalques (15), a maioria devido ao novo coronavírus (covid-19), o Athletico Paranaense lutou, mas foi derrotado pelo River Plate (Argentina) por 1 a 0 no estádio Libertadores da América, em Buenos Aires, e se despediu da competição nas oitavas de final. O duelo foi realizado na casa do também argentino Independiente porque o Monumental de Nuñez, do River, está em obras. No primeiro jogo, na Arena da Baixada, em Curitiba, há uma semana, as equipes ficaram no 1 a 1.
Apesar dos problemas na escalação, o Furacão fez um ótimo primeiro tempo, dividindo as ações ofensivas com o time da casa. Aos 16 minutos, o meia Erick teve a melhor chance rubro-negra, após desvio de cabeça do atacante Walter, mas ele bateu por cima, sozinho. O River, aos poucos, tomou o controle das ações, mas parou na trave e nas defesas de Bento. Substituto do titular Santos e do reserva Jandrei, o goleiro de 21 anos fazia apenas a terceira partida como profissional.
No segundo tempo, a equipe argentina colocou o Athletico nas cordas. Não fosse Bento, que fez pelo menos três boas defesas, o placar teria sido aberto mais cedo. Aos 35 minutos, não teve jeito. Após um pênalti cometido no atacante Rafael Borré, o meia Nícolas De La Cruz bateu e colocou o River à frente. Precisando do empate para ao menos forçar a disputa de penalidades, o Furacão tentou se lançar ao ataque, sem sucesso. O atual vice-campeão da América prossegue.
Na próxima fase, o River aguarda quem passar entre Nacional (Uruguai) e Independiente del Valle (Equador). No primeiro jogo, em Quito, as equipes ficaram no 0 a 0. O duelo de volta será nesta quarta, às 19h15, em Montevidéu, no estádio Parque Central.