A diretoria do Santos apresentou, na quinta-feira, o anteprojeto de modernização da Vila Belmiro. A revelação dos detalhes da proposta de modernização do histórico estádio se deu em encontro no auditório do Conselho Deliberativo, prevê a ampliação da capacidade para 20 mil pessoas e custo em torno de RS 220 milhões – um orçamento foi apresentado nesse valor, enquanto outro prevê investimento de R$ 237 milhões.
O responsável pelo projeto foi o arquiteto Artur Katchborian, que indicou previsão de conclusão das obras em até um ano e meio após o seu início. E possui o apoio do grupo Boston Holding, visto pelo presidente José Carlos Peres como fundamental para que ele cumpra a promessa de modernizar a Vila Belmiro.
“A gente fez uma conta de custo benefício e acha que o ideal é de 18 a 20 mil lugares. Em uma conta muito rápida, se a gente hoje aumentasse a média de ocupação em 50%, levando de 9, 10 mil, para 15 mil, levando em conta 20 a 25 jogos no ano, isso significaria 150 mil pessoas. O que a gente precisa entender é que não adianta almejar um estádio de 40, 50 mil pessoas, se a sua média é de 9”, afirmou o arquiteto.
O projeto apresentado por Katchborian indica alterações na área da Vila Belmiro para que a modernização do estádio se torne possível. Além disso, ele propõe alterações nas calçadas do entorno, realocação dos vestiários para ganhar espaço, assim como do campo e a promessa de retirada dos pontos cegos.
A partir disso e sem considerar os camarotes, o primeiro anel de arquibancadas da Vila Belmiro teria capacidade para 7.800 espectadores. E o segundo poderia receber 10.250 torcedores. Além disso, um boulevard seria construído nas ruas em frente ao estádio santista.
“O projeto é muito mais amplo do que simplesmente um projeto de adequação de um estádio. Quando fomos convidados para trabalhar no projeto, chegamos e fizemos uma proposta que é estabelecer um plano diretor, que envolve, entre outras coisas, uma qualificação da Vila Belmiro”, explicou o arquiteto.
Para que o processo de reforma da Vila Belmiro possa começar a sair do papel, os membros do Conselho Deliberativo do Santos precisam aprovar, em votação, a realização das obras de reforma do estádio, o que ainda não tem uma data para ocorrer.