A direção da Santa Casa de Ibirá se diz ter sido vítima da suposta médica que atuava com CRM de outra profissional no município há três meses.
Através de nota enviada ao jornal, a instituição diz que foi induzia a erro na contratação de Kelly Regiane Queiroz, de 41 anos, presa na tarde desta última segunda-feira (23).
Na tarde desta terça-feira (24/10), uma das diretoras da entidade, Eruska Bueno, disse para nossa reportagem também ter sido vítima da suposta médica. Em nota enviada ao jornal, a direção informou que recebeu denúncia anônima e chamou a polícia.
“A Santa Casa de Misericórdia de Ibirá informa que no dia 23 de outubro recebeu informação anônima sobre suposta utilização de documentos falsos, pela médica que atendia eventualmente na Santa Casa de Ibirá, bem como em outros municípios da região. A Santa Casa informa ainda que foi induzida a erro, visto que, quando da contratação da referida médica requisitou a documentação pertinente da mesma, tendo sido apresentado pela suposta médica os referidos documentos, inclusive, a carteira do CRM. Assim, ante o recebimento das informações a Santa Casa prontamente diligenciou a respeito, informando a Polícia Civil, que imediatamente tomou as providências necessárias para apuração dos fatos, resultando na prisão da suposta médica”, diz a nota na íntegra.
Questionamos a Santa Casa sobre como era realizado o pagamento à funcionária, já que instituição filantrópica é obrigada efetuar pagamento de funcionários através de contas bancárias, mas não obtivemos respostas. Perguntamos também sobre a documentação exigida na contratação, mas também não fomos informados.
A Gazeta descobriu ainda que Kelly era professora de alunos do curso de medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago), de São José do Rio Preto, dentro do hospital. A assessoria de imprensa da faculdade disse que não possui qualquer vínculo com a suposta médica e que apenas tem contrato com a entidade, onde a médica atuava. O hospital também não falou sobre este assunto.