Na tarde de ontem, dia 14, o Hospital de Ensino Santa Casa de Fernandópolis realizou uma reunião para definir os principais pontos de ação e protocolos para lidar com um possível caso de ebola na região.
Além da participação de médicos e enfermeiras quem atuam na Santa Casa, o encontro também recebeu a participação de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Fernandópolis e da Secretária Lígia Barreto, já que as ações preveem um trabalho em conjunto.
Durante a reunião foram apresentados pelo Diretor Clínico do hospital, Dr. Márcio Cesar Reino Gaggini, o histórico da doença e então discutidas as ações a serem implementadas. Segundo Gaggini, “apesar da probabilidade do vírus chegar à nossa região antes de ser constatado no Brasil ser baixa, devemos estar preparados para enfrenta-lo”.
Apesar do primeiro caso suspeito no país ter sido descartado após a realização de exames, os profissionais da saúde estão em alerta, já que existem moradores da região que participam de missões humanitárias no continente africano.
O Ebola
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ebola já infectou 7,4 mil pessoas e matou outras 3,4 mil, na África. Em 90% dos casos, as pessoas infectadas morrem.
A doença é provocada pelos vírus do género Ebolavirus, podendo ser contraído tanto de humanos como de animais. Durante a semana o Ministério da Saúde alertou que o ebola não é transmitido pelo ar, o sendo apenas por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais de pessoas doentes, superfícies e objetos contaminados.
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus e manifestam-se por febre, dores musculares, dores de garganta e dores de cabeça. A estes sintomas sucedem-se náuseas, vómitos e diarreia, a par de insuficiência hepática e renal. Durante esta fase, algumas pessoas começam a ter problemas hemorrágicos.