A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) da Santa Casa de Fernandópolis apresentou no início deste mês o relatório de atividades desenvolvidas ao longo de 2018.
No período, a equipe identificou mais de 35 possíveis doadores de órgãos, mas o grande desafio é alavancar esse número, já que para a doação, é necessário o consentimento da família. Em 2018 foram realizadas 14 doações de córneas e duas doações de múltiplos órgãos.
Por meio da Comissão, a Santa Casa de Fernandópolis tem atuado a fim de detectar possíveis doadores no Hospital e facilitando o processo entre as unidades de saúde além de capacitar e informar os colaboradores e a população sobre a doação órgãos e tecidos.
“Além da atuação nos casos em que há a possibilidade de doação, temos também trabalhado para informar e conscientizar as famílias e pacientes para que possam aderir a esta causa da doação de órgãos e comunicar esse desejo ainda em vida aos familiares”, frisou a gerente de enfermagem, Adriana Carta.
TRANSPLANTES NO BRASIL
Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) em dezembro de 2018, estima-se que mais de 33 mil pessoas aguardam por algum tipo de transplante.
Ainda segundo o relatório, a taxa de não autorização familiar manteve-se em 43%, com o crescimento apenas 0,7% no número de transplante de órgãos com doador falecido, revelando um aumento na taxa de não utilização dos órgãos dos doadores falecidos.
COMO SER DOADOR?
No Brasil, para ser doador de órgãos e tecidos, não é necessário deixar nada por escrito; basta avisar sua família, dizendo: “Quero ser doador de órgãos”. A doação de órgãos e tecidos só acontece após a autorização familiar documentada. Quando a pessoa não avisa, a família fica em dúvida. Para tirar dúvidas sobre o processo de doação ou assumir publicamente seu desejo de ser um doador, basta acessar o site www.euassumi.com.br.