O número de casos autóctones de chikungunya no Brasil saltou 156,25% em apenas uma semana, desde os 16 reportados há sete dias, até os 41 confirmados no balanço divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.
As autoridades da área de saúde confirmaram com exames de laboratório 79 casos da doença no país, dos quais 38 em pessoas que a contraíram em viagens para a República Dominicana, Haiti, Venezuela, Guiana Francesa e algumas ilhas do Caribe, segundo o balanço.
Os restantes 41 casos se referem a pessoas que contraíram a doença sem sair do Brasil, dos quais 33 em Feira de Santana, cidade no estado da Bahia, e oito em Oiapoque, o município mais setentrional do Brasil, situado na fronteira com a Guiana Francesa.
Os números se referem aos casos confirmados desde que, em janeiro passado, o Ministério da Saúde iniciou um plano de contingência para controlar a chikungunya após o registro de casos autóctones em vários países da América.
Os dois primeiros casos autóctones no Brasil foram confirmados em meados de setembro em Oiapoque, estado amazônico do Amapá, e se referem a uma professora e seu pai, que apresentaram os primeiros sintomas da doença no final de agosto.
O Ministério da Saúde informou que enviou equipes aos estados do Amapá e da Bahia para trabalhar com as autoridades regionais em campanhas para evitar que a doença se propague e para combater os focos de Aedes Aegypti, o mosquito que transmite tanto o vírus da chikungunya como o do dengue.
“Foram constituídos equipes com técnicos das secretárias regionais de Saúde para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alertas às unidades de saúde e às comunidades”, segundo um comunicado do Ministério.