O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, disse na tarde dessa quarta-feira em depoimento á CPI do Apagão Aéreo na Câmara que a pane no Cindacta 4, em Manaus, logo após o acidente com o Airbus da TAM, foi decorrente de uma falha humana no momento da manutenção dos geradores. Ele esclareceu ainda que não havia problemas na geração de energia.
“Ele foi ali checar os geradores e percebeu que a bateria do gerador 2 tinha carga baixa. Deu partida na bateria do gerador 1 e funcionou. Ele viu que a bateria do segundo gerador estava vazando água. Em vez de substituir com as baterias sobressalentes, preferiu desligar o gerador 1 e fazer a troca. Aí roçou num ferro e deu um curto e provocou a queda do fornecimento pelo gerador, mas a energia comercial estava funcionando. Ele concluiu o conserto, mas não percebeu que a energia não estava establizada”, explicou o brigadeiro. Sem a estabilização, o gerador funcionou por apenas 58 minutos e houve a queda de energia.
Com a explicação, a Aeronáutica descarta a hipótese de sabotagem que chegou a ser aventada inicialmente. Exaltado, o deputado Carlos Willian (PTC-MG), disse que não adiantava os parlamentares questionarem o brigadeiro sobre o acidente “porque o sistema da Aeronáutica é uma porcaria”. Saito respondeu e disse que os geradores têm apenas cinco anos de uso e não há problemas com os equipamentos.