A Polícia Militar (PM) efetuou a prisão de 631 detentos que foram beneficiados com a saída temporária para as festas de fim de ano, a chamada “saidinha”, mas descumpriram as regras previstas em lei para permanecer nas ruas no período.
Além deles, outros 81 detentos comtemplados com benefício foram presos após serem flagrados cometendo algum tipo de crime, segundo balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). A “saidinha” de fim de ano teve início no dia 23 de dezembro, beneficiou cerca de 33 mil detentos no estado, e terminou nesta quarta-feira (3/1).
Entre os detidos está um preso de 30 anos que foi flagrado passeando de jet ski em um trecho da represa Billings, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, no dia 28 de dezembro. Segundo a SSP, o preso cumpria pena por tráfico de drogas e descumpriu as regras do benefício ao violar o perímetro delimitado pela Justiça. A desobediência foi descoberta porque ele era monitorado por tornozeleira eletrônica.
Durante as duas semanas de “saidinha”, os detentos flagrados pelos policiais infringindo as regras foram levados imediatamente ao presídio mais próximo do local da abordagem.
Segundo a SSP, um acordo de cooperação entre a SSP e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) “facilitou o acesso de policiais aos processos dos réus que cumprem a pena fora das prisões”, por meio de dispositivos móveis nas viaturas que permitem consultar a situação prisional do suspeito abordado.
“Essa foi mais uma ferramenta implementada ao longo do ano passado pela nossa gestão para coibir a criminalidade e evitar a reincidência criminal”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
O prazo para os presos beneficiados pela saída temporária retornarem ao sistema prisional terminou às 18 horas desta quarta-feira (3/1). A partir de então, quem não se apresentou é considerado foragido.
Só na cidade de São Paulo, segundo a SSP, foram 259 detentos flagrados descumprindo as regras da saidinha desde o dia 23 de dezembro. Em alguns casos, presos beneficiados pela medida estavam frequentando a região da Cracolândia, no centro da capital paulista, o que é proibido, conforme a Lei de Execução Penal.