A comunidade médica está atenta ao aumento dos casos de infarto entre os mais jovens. Nos últimos anos, os problemas de ataque cardíaco têm chamado a atenção dos cardiologistas.
Infarto, parada cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), juntos, compõem a principal causa de morte em todo o mundo.
Número de infartos
Segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), com base em dados do Ministério da Saúde, o crescimento de infartos entre os jovens de até 30 anos aumentou 10% acima da média.
O levantamento mostra que a média mensal de internações por infarto passou de 5282 para quase 13645, entre os homens, e de 1930 para 4.937, entre as mulheres.
Necessidade de melhorar a alimentação
Em entrevista ao canal Globo News, o médico Paulo Caramori, integrante do Conselho da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explicou que o aumento no número de infartos pode estar relacionado a problemas congênitos e à piora nos hábitos diários — como o crescente consumo de alimentos ultraprocessados e até mesmo de drogas.
“Apesar de a população ter mais tempo de vida, está exposta a fatores de risco que podem levar a infartos e, eventualmente, a parada cardíaca precoce”, explicou a especialista.
De acordo com Caramori, um exemplo de mudança de hábito é a redução no consumo de ultraprocessados — alimentos muito rapidamente absorvidos pelo organismo.
“A gente não foi desenvolvido geneticamente ao longo da história para enfrentar esse tipo de alimento”, disse o médico
Assunto surgiu depois do caso do filho de LeBron James
Na segunda-feira 24, a notícia de que Bronny James, filho de 18 anos do jogador de basquete LeBron James, sofreu uma parada cardíaca enquanto treinava com sua equipe levantou mais uma vez o alerta para a incidência de infarto entre os jovens.