A enfermeira do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) da Secretaria de Saúde de Votuporanga, , Leiliane Scarpa, participa até esta sexta-feira, 10, de uma capacitação com “Equipes Multiprofissionais para Ações Interdisciplinares no Atendimento das Hepatites Virais no SUS”, realizada no Rio de Janeiro/RJ.
O evento é uma promoção do Ministério da Saúde por meio do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
A relevância da capacitação para adquirir conhecimentos específicos é frisada pela enfermeira.
“As atualizações que buscamos na área de hepatites virais e a prática de ações na Linha de Cuidados implantada no SAE, em Votuporanga, objetiva melhores tratamentos aos usuários assistidos, bem como, a evolução no modo organizacional do Programa de Hepatites em todo país”, conta Leiliane.
Hepatites Virais
As hepatites graves são um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças auto-imunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B, C e D. Existe ainda o vírus E, mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem.
Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus.
Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo.
Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.