A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deixou de repassar 2% do lucro operacional da empresa à Santa Casa e AVCC (Associação dos Voluntários no Combate ao Câncer) de Fernandópolis.
O repasse está previsto no artigo 6º do novo contrato de renovação entre o município de Fernandópolis e Companhia, votado pelos vereadores de Fernandópolis e sancionado pela ex-prefeita Ana Maria Matoso Bim.
Depois de muitas discussões e reuniões entre vereadores, administração, assessores e o deputado Julio Semeghini, o contrato foi renovado por um período de 30 anos com várias condições estipuladas entre o município e a Sabesp.
Desde a renovação, que aconteceu no final do ano passado, a Sabesp não repassou nenhum dinheiro as entidades deixando de cumprir o contrato de renovação. A Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis, por meio da assessoria de imprensa informou na última sexta-feira que a entidade não recebeu nenhum recurso proveniente da Companhia. O mesmo foi informado pela diretoria da AVCC que também declarou que ainda não recebeu dinheiro.
Desde a aprovação do projeto, há mais de dois anos, a Sabesp deveria ter enviado balanço da empresa referente aos recursos arrecadas no município de Fernandópolis e, do lucro operacional destinado 1,5% à Santa Casa e 0,5% a AVCC.
No contrato também está estipulado recursos para reconstrução da Avenida Getúlio Vargas e abertura do prolongamento da Avenida Raul Gonçalves Junior, além de outros valores usados para implantação de asfalto no município.
Somente a cerca de um mês é que as obras na Getulio Vargas tiveram início e dinheiro não será suficiente para construção das duas avenidas.
Na época, o deputado federal Julio Semeghini e alguns de seus assessores interferiram na negociação entre Poder Legislativo, Executivo e a Companhia. Até reuniões individuais e almoços com vereadores foram realizadas a fim de convencer sobre a aprovação do projeto que estava emperrado. Os vereadores queriam que a Sabesp destinasse R$ 10 milhões ao município, além de outros benefícios de foram deixados de lado e o montante acabou sendo reduzido para R$ 9,5 milhões e a inclusão do repasse às entidades, que até agora, não aconteceu.
