Prefeituras da região vão propor hoje a tarde em reunião com a diretoria da Sabesp, no Teatro Municipal, a criação de consórcios intermunicipais.
Prefeitos de 44 cidades se reúnem com representantes da estatal e a secretária estadual de Energia e Saneamento, Dilma Pena, para debater a assinatura de novos contratos. A proposta de consórcios é encabeçada por cinco prefeituras próximas a Nhandeara, com objetivo de ampliar a força de negociação com a Sabesp.
A assessoria jurídica da Prefeitura de Turiúba já prepara uma concorrência conjunta entre cinco cidades para permitir a entrada da iniciativa privada no saneamento. A proposta é apoiada por prefeitos de Monções, Floreal, Lourdes e Gastão Vidigal.
Entre as 44 cidades que têm contratos com a Sabesp, pelo menos 40% também possuem projetos para a autorização de consórcios. O impasse com a estatal está centralizado nas tarifas consideradas caras. As discussões sobre novos contratos e a redução das tarifas começaram no final de 2005, após o vencimento dos 30 anos acertados na década de 70 com a Prefeitura de Fernandópolis. No ano passado, 36 prefeitos anunciaram que não pretendiam negociar com a Sabesp, mas alguns voltaram atrás mesmo sem as reivindicações atendidas.
Para “convencer” prefeitos, a Sabesp ameaça cobrar na Justiça investimentos feitos em obras, como a extensão das redes de água e a construção de estações de tratamento de esgoto. O superintendente de negociação de concessões da Sabesp, Luiz Carlos Aversa, disse ao jornal Bom Dia, de Rio Preto, que a dívida dos municípios é de R$ 170 milhões.
As prefeituras dizem que a dívida não existe e que não pretendem reconhecê-la, segundo o presidente da Associação dos Municípios, Liberato Caldeira.